A IMPORTÂNCIA DO DIÁRIO DE CAMPO EM UMA PESQUISA COM PACIENTE ACOMETIDO POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Autores

  • Nuno Ricardo Tiene Lima Moreira Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Luciana Moura Mendes Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Danyelle Nobrega De Farias Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Geraldo Eduardo Guedes De Brito Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Adriana Souza De Andrade Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Angely Caldas Gomes Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)
  • Ingrid Davis Da Silva Gadelha Laboratório De Estudos E Praticas Em Saúde Coletiva Da Universidade Federal Da Paraíba (Lepasc-Ufpb)

Resumo

INTRODUÇÃO: Um bom diário de campo consiste no registro de observações, comentários das reflexões e indicativos da experiência empírica. Este trabalho tem o objetivo de relatar uma experiência sobre as atividades de uma pesquisa quantitativa, na qual o diário de campo foi utilizado para analisar o processo de coleta de dados, destacando os aspectos mais relevantes desse processo, registrados pelos pesquisadores. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Durante o treinamento os pesquisadores eram orientados a registrar em seus diários eventos ocorridos na visita domiciliar para coletar os dados, bem como suas impressões acerca do processo em curso. Tratou-se de um estudo longitudinal, com indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE), residentes no município de João Pessoa e Cabedelo- PB. A malha amostral contempla pacientes de ambos os sexos que foram admitidos no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HEETSHL), no período compreendido entre 1º de abril e 31 de maio de 2013. Os entrevistadores foram estudantes do curso de fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba, vinculados ao Laboratório de Estudos e Práticas em Saúde Coletiva (LEPASC). Realizaram-se três ondas de inquérito (T0, até 21 dias após a alta hospitalar; T1, até 90 dias a partir da realização de T0; T2, até 90 dias após T1), por meio de visitas domiciliares, utilizando um questionário com perguntas relativas ao perfil do sujeito, as condições clínicas, o acesso à reabilitação e escalas de funcionalidade. Após a aplicação do questionário, os entrevistadores anotavam nos seus diários de campo aspectos relevantes ocorridos durante a aplicação do instrumento. IMPACTOS: O diário de campo trouxe um conhecimento mais profundo sobre a pesquisa, apontando os aspectos que dificultaram a aplicação do instrumento, bem como as impressões do pesquisador sobre o quadro físico e psicológico do usuário. Por se tratar de um estudo longitudinal, foi possível perceber o vínculo criado entre pesquisadores e sujeitos da pesquisa; compreender a dinâmica familiar e a condição de um paciente com dificuldades físicas e, por vezes, cognitivas. Ficou muito evidente a angústia dos pesquisadores na condição de ser humano e futuro profissional de saúde, constatando a necessidade de tratamento e as dificuldades de acesso aos serviços de reabilitação e sem poder interferir no sentido de facilitar esse acesso, sob pena de comprometer os resultados do estudo. Assim, os relatos contribuíram de forma positiva para a observância dessas dimensões do estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mesmo diante das dificuldades encontradas nessa caminhada científica, a atividade foi muito rica, proporcionando-nos momentos de reflexão, questionamentos e até mesmo de indignação, sobre as dificuldades que os entrevistadores, assim como os pacientes acometidos por AVE, enfrentam no dia a dia.