RELAÇÃO ENTRE DOR E FUNCIONALIDADE EM MULHERES SUBMETIDAS A MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA SEM RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA

Autores

  • Pivetta Pivetta UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Hedioneia Maria Foletto UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Barbieri Barbieri UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Sabrina Orlandi UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Godoy Godoy UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Alessandra Sartori UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Arruda Arruda UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Guilherme Tavares De UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Resumo

INTRODUÇÃO: O tratamento para o câncer de mama envolve o procedimento cirúrgico que muitas vezes culmina com a mutilação da mama. No ano de 2012 foi instituída a Lei nº 12.802 que garante a mulher a reconstrução imediata da mama através de implante com material aloplástico ou ainda com autoenxerto. Sabe-se que a reconstrução mamária envolve a desinserção do músculo peitoral maior, o que pode refletir em dor e disfunção do membro superior homolateral. OBJETIVO: Analisar a relação entre dor e funcionalidade em mulheres submetidas a mastectomia radical sem reconstru‹o mamária. METODOLOGIA: Foram avaliadas 12 mulheres submetidas à mastectomia radical modificada unilateral sem reconstrução mamária. Todas responderam ao questionário sociodemográfico e ao DASH, para avaliação da funcionalidade do membro homolateral à cirurgia, além da EVA para avaliação da dor no ombro. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado como teste de normalidade das variáveis e o teste de correlação de Spearman, uma vez que os dados eram assimétricos. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADO: A avaliação da funcionalidade do membro superior homolateral à cirurgia, conforme DASH, apresentou média do escore de 35,2 ± 11,40. Todas as participantes apresentaram dor leve na avaliação realizada através da EVA, com média de 3,00 ± 2,04, na escala que varia de 0 a 10. A correlação entre os achados de funcionalidade e dor foi estatisticamente significativa sendo p<0,05 e r=0,644. CONCLUSÃO: Observa-se que nesse estudo que dor e funcionalidade apresentaram uma correlação positiva e moderada, predizendo que quanto maior a intensidade da dor na população avaliada, maior o escore do DASH e, portanto, pior a funcionalidade. Diante disso, torna-se necessária prever ações que possam dirimir a dor a fim de melhorar a funcionalidade nas atividades de vida diária e, com isso, melhorar a qualidade de vida da mulher.