RISCO DE QUEDAS E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM MULHERES COM E SEM INCONTINÊNCIA URINÁRIA: RESULTADOS PRELIMINARES

Autores

  • Hedioneia Maria Foletto Pivetta UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Sabrina Orlandi Barbieri UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Guilherme Tavares de Arruda UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Sinara Porolnik UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Resumo

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU), definida como perda involuntária de urina, acomete principalmente mulheres e é considerada uma questão de âmbito social, que possui repercussões negativas sobre a qualidade de vida (QV), higiene e atividade sexual dos indivíduos acometidos. Dentre os fatores de risco que podem desencadear o desenvolvimento da IU, acredita-se que o índice de massa corporal (IMC) elevado possa aumentar a pressão intra-vesical, deslocando o centro de gravidade (CG) e ocasionando perda urinária. Além disso, o deslocamento do CG do corpo também pode gerar perda de equilíbrio corporal na mulher, o que pode aumentar o risco de quedas. OBJETIVO: Analisar o risco de quedas e o índice de massa corporal em mulheres com e sem incontinência urinária. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo observacional, comparativo, de caráter transversal e com abordagem quantitativa. Neste estudo a população foi composta por mulheres, acima de 35 anos de idade, com e sem IU. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram os questionários International Consultation Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), para a avaliação da perda urinária do indivíduo, e o Time Up and Go, que avalia o risco de quedas. Para a medida do IMC, foi calculado dividindo-se o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. Valores entre 18,5 e 24,9 referem-se a indivíduos com peso normal, de 25 a 29,9, sobrepeso ou pré obeso, e de 30 a 34,9, obesidade grau I. RESULTADO: Foram entrevistadas 19 mulheres com média de idade de 58,05±11,10 anos, sendo que 14 (73,68%) delas eram incontinentes. Destas, 7 (50%) n‹o possuíam risco de quedas, 6 (42,85%) possuíam baixo risco e apenas 01 (7,15%) possuía alto risco de cair. Para as mulheres continentes, 4 (80%) não possuíam risco de quedas e apenas 01 (20%) possuía baixo risco de quedas. A média do IMC das mulheres continentes foi de 27,77 kg/m_ (sobrepeso), enquanto que, para as incontinentes, a média foi de 31,61 kg/m_ (obesidade grau I). CONCLUSÃO: Apesar da média do IMC de ambos grupos n‹o estar no nível normal, as mulheres investigadas n‹o apresentaram risco de quedas ou apresentaram baixo risco. Embora a alteração da média do IMC nos grupos seja de sobrepeso e de obesidade grau I, esses níveis podem não ter influenciado na mudança do CG, e consequentemente, não ter alterado o equilíbrio do grupo estudado.