A SAÚDE COLETIVA NA FORMAÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS: ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Autores

  • Jéssica Soares Ramalho UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Danyelle Nóbrega De Farias UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Luciana Moura Mendes UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Manuele Jardim Pimentel UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Dailton Alencar Lucas De Lacerda UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: A prática em saúde coletiva valoriza a universalidade e a integralidade, em uma perspectiva interdisciplinar. No nível da atenção primária, particularmente nas Unidades de Saúde da Família (USF), as ações realizadas no âmbito da promoção da saúde geralmente estão voltadas para grupos de usuários relacionados às ações programáticas, como hipertensos, diabéticos, idosos, gestantes e crianças. O estágio supervisionado em Saúde Coletiva oferece ao acadêmico de fisioterapia a oportunidade de ter acesso a uma USF , assim como vivenciar de forma autônoma atividades que são realizadas com os usuários, tais como: a puericultura, o hiperdia, atendimentos fisioterapêuticos domiciliares e atividades desenvolvidas com estudantes na escola. A participação dos futuros profissionais da saúde no desenvolvimento e realização das atividades é de grande contribuição também à USF, pois atuam auxiliando na demanda de trabalho a ser realizado pelos profissionais. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O estágio foi realizado na USF integrada do Grotão, na cidade de João Pessoa, Paraíba; duas vezes por semana, no período de 09 de outubro de 2013 a 12 de março de 2014. Ocorreram as seguintes vivências: acompanhamento de puericultura; atividades na Escola Municipal Tharsila Barbosa da Franca; atividade com os participantes do hiperdia e atendimentos domiciliares. A autonomia dos estudantes é exercida através do planejamento das atividades, onde são decididos os temas, as dinâmicas e o tratamento mais indicado aos pacientes atendidos a domicílio. Durante a vivência na puericultura, os acadêmicos tiveram a oportunidade de atuar na realização de avaliações do desenvolvimento motor das crianças, por meio de interconsulta com a enfermeira e também de avaliação específica. No hiperdia foram realizadas atividades com as pessoas que aguardavam atendimento, mediante a apresentação de temas, como: hipertensão, diabetes, osteoporose, hérnia de disco, obesidade, dentre outros; abordando as formas de prevenção, tratamento e cuidados com estas patologias. Os usuários tiravam suas dúvidas e em seguida eram feitas atividades de alongamento e exercícios de fortalecimento em grupo. Os estágios na escola propunham as seguintes atividades: ação educativa, jogos recreativos e oficina de artesanato. Foram abordados os temas: deficiência e seus direitos e alimentação saudável; ao final do semestre foi organizada uma atividade de culminância, onde os alunos apresentaram para os colegas da escola o produto da temática trabalhada. Os atendimentos domiciliares eram realizados uma vez por semana, os acadêmicos avaliavam, traçavam objetivos e condutas aos pacientes com orientação dos professores supervisores. IMPACTOS: O estágio contribui para que haja a união da teoria aprendida em sala de aula, com a prática voltada para a realidade da comunidade. Deste modo, coopera para que acadêmicos desenvolvam um olhar diferenciado no que diz respeito ao cuidado com os usuários. Esta visão diferenciada contribui para que o trabalho seja mais efetivo não só na cura da doença, como também na prevenção da mesma. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta vivência proporciona uma ampliação na visão acadêmica acerca da atuação fisioterapêutica no nível de atenção primária em saúde e seus benefícios vêm a ser notados no decorrer da formação dos estudantes, particularmente no tocante ao crescimento pessoal e profissional.