ABORDAGEM OSTEOPATICA NO TRATAMENTO DA CEFALEIA DE ARNOLD

Autores

  • Henrique Barin CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
  • Ana Flavia Portella Jardim CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
  • Alecsandra Pinheiro Vendrusculo CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
  • Letícia Fernandes CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
  • CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

Resumo

INTRODUÇÃO: A cefaléia é um sintoma bastante relatado em indivíduos com disfunção na articculação temporomandibular. Por outro lado, os distúrbios neurais são geralmente os grandes responsáveis pela presença de cefalalgia na população causando principalmente dores de cabeça. Estudos mostram que esse mesmo distúrbio teve um crescimento de 40% na população desde 1990. Neste caso ocorre a compressão do nervo occipital, podendo gerar padrão de contratura de defesa muscular, hiperestesia e em alguns casos náuseas e vertigens. Geralmente unilateral, tem inicio na região occipital, aonde origina o nervo e segue irradiando até a sua inserção. A osteopatia tem uma visão global sobre o paciente. Analisando as lesões como um todo, onde os fatores psicológicos, neurológicos e físicos, são avaliados. Mostra-se adequada como recurso no tratamentos de distúrbios que afetam o bem-estar do paciente e sua qualidade de vida como na cefaléia de Arnold. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia da abordagem osteopática no tratamento da cefaleia de Arnold. O estudo consiste em um relato de caso. Paciente do sexo feminino, com 43 anos, professora universitária com queixa de cervicalgia e cefaleia. Na avaliação palpatória observou-se um bloqueio de cervical alta e região occiptal. O diagnóstico indicou que o quadro clínico referia-se a Cefaleia de Arnold. Ao exame, a paciente apresenta dor grau 8 na escala visual à pressão do ponto de emergência do nervo occiptal esquerdo e direito, sendo esta mais proeminente no ramo esquerdo. Com base nos dados da anamnese e demais exame exploratório, optou-se por não executar manipulação pois a paciente apresentava episódio de dor intensa. Assim iniciou-se o tratamento com liberação do occipital, seguido de manobras de liberação miofascial para relaxamento dos músculos faciais e cervicais. Em seguida foi realizada a mobilização do nervo piterigopalatino. IMPACTOS: Foram realizadas duas sessões com periodocidade semanal e duração de 45 minutos de intervenção seguindo o protocolo de liberação miofascial supracitado. Após os atendimentos a paciente relatou alívio da cefaleia e da cervicalgia, no entanto apresentou na semana subsequente leve dor costo-vertebral. A paciente relata que mesmo após uma semana a cefaleia reduziu consideravelmente de intensidade e frequência. A intensidade da dor a palpação, conforme escala analógica visual da dor reduziu de um valor de 8 para 2 após os procedimentos osteopáticos CONSIDERAÇÕES FINAIS: A abordagem osteopática demonstrou ser eficaz no tratamento da Cefaleia de Arnold, com redução de 6 pontos na escala de dor, conforme descrito pela paciente. Na auto-avaliação a paciente aponta melhora significativa do quadro clínico com menor incidência dos episódios de dor.