ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO A BEBÊS DE RISCO NO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA INFANTIL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY (HULW): RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Thyala de Fátima Bernardino Amorim UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Aksa Keila Ramalho da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Luana Brandão de Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Mayra Kelly Santana Henrique UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Márcia do Carmelo Batista UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Sandra Maria Cordeiro Rocha de Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Vânia Cristina Lucena Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: Bebês de risco são aqueles que se encontram dentro das situações de vulnerabilidade, que apresentam maiores chances de adoecimento ou falecimento, devido a circunstâncias que alteram o curso normal das situações associados ao nascimento e pós-nascimento. Crianças sujeitas a essas condições, possuem maiores chances de apresentar atrasos motores, a identificação precoce das condições de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e o encaminhamento dessas crianças para serviços especializados possibilitam um trabalho preventivo. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Desde março de 2002, o projeto Bebês de Risco'' vem prestando assistência fisioterapêutica especializada a bebês no primeiro ano de vida até os três anos de idade ,encaminhados do serviço de puericultura do Hospital Universitário Lauro Wanderley - HULW e de outras instituições. Atualmente o projeto presta atendimento a 12 crianças , com prematuridade , atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), com agravos ou sem agravos no SNC e associadas ou não a síndromes genéticas. Os atendimentos são realizados 3 vezes por semana , com duração de 35 a 40 minutos , desenvolvidos por estudantes do curso de fisioterapia da UFPB , sendo um bolsista e 7 voluntários , sob supervisão dos professores responsáveis. Os atendimentos são realizados 2 dias em solo, com protocolos baseados nos princípios do Método Bobath, Rood, Cinesioterapia Convencional e Estimulação Sensoriomotora e uma vez por semana na piscina terapêutica, com os bebês que possuem idade superior a seis meses de vida , enquanto que os bebês com idade inferior recebem atendimento em solo. IMPACTOS: A experiência permite ao discente vivenciar a prática de um atendimento especializado e humanizado junto ao público alvo e seus familiares. A proposta intervencionista tem se mostrado eficaz na melhora do desempenho teórico e prático dos discentes na área de pediatria. Quanto pesquisa, a relevância de dados contribui para novos estudos na área , apontando a importância da intervenção fisioterapêutica precoce. A intervenção torna-se relevante na primeira fase da infância por proporcionar estímulos, facilitar aquisições de habilidades e enriquecer as vivências de crianças que apresentam alterações ou disfunções, aproveitando o grande potencial de maturidade neurológica nos primeiros anos de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tratamento fisioterapêutico tem se mostrado uma potente ferramenta produtora de cuidado para as crianças/bebês em situações de risco, sendo assim a constante evolução do quadro clínico dos pacientes atendidos um dos principais motivadores para a continuidade desse trabalho. Em relação aos discentes houve uma melhora no desenvolvimento da prática clínica, demonstrando maior segurança desde á execução de técnicas, até a relação teraputa-paciente-cuidador, contribuindo assim, para a formação de trabalhadores da saúde qualificados para uma abordagem mais crítica e humanizada. Além disso, esta experiência favorece a aquisição de novos conhecimentos no âmbito prático e teórico, que podem ser revertidos em benefícios para a sociedade e para as ações da universidade.