ATENDIMENTO DOMICILIAR: EXPERIÊNCIA DA FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA

Autores

  • Débora Andrade da Fonseca UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Arthur de Almeida Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

Resumo

INTRODUÇÃO: Por meio da disciplina Saúde e Cidadania V disposta em projeto curricular do curso de fisioterapia da UFMS, realizou-se visitas à Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do bairro Nova Esperança e posterior visita domiciliar, tendo-se como apoio as diretrizes para a atenção domiciliar na atenção básica que se caracteriza por ser estruturada de acordo com os princípios de ampliação do acesso, acolhimento, equidade, humanização e integralidade da assistência; estar inserida nas linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência. O Projeto Terapêutico Singular (PTS) vem de encontro às diretrizes, nele respeitamos quatro momentos: diagnóstico, definição de metas, divisão das responsabilidades e reavaliação. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Com a finalidade de ter maior contato com a atenção básica, elegemos possíveis pacientes restritos a domicílio que necessitassem de acompanhamento tanto fisioterapêutico quanto da equipe de saúde. Foram realizadas visitas semanais ao longo do semestre ao domicílio do usuário Antônio Aureliano, 48 anos, com quadro de lesão medular baixa. O usuário mora sozinho, aposentou-se devido à lesão, apresentava cultura da não higiene, é fumante e etilista e sua queixa principal foi o desejo de voltar a deambular. Foi discutido com o usuário as metas bem como sua aceitação com a possibilidade de recuperação da Amplitude De Movimento (ADM) de MMII e MMSS, fortalecimento de MMII, higiene pessoal, autonomia e funcionalidade do paciente. IMPACTOS: A experiência possibilitou que ampliássemos nossa visão perante o paciente, reconhecendo haver atendimento do mesmo como um todo, superando de todas as maneiras as expectativas ali aplicadas, com visível recuperação do usuário e satisfação pela superação do mesmo no momento que aderiu sua própria recuperação, com garantia da manutenção da autonomia, funcionalidade do atendido, conquista da posição estática com preparo para deambulação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tempo prolongado proposto possibilitou a nós a criação de vínculo com o usuário e encorajamento pelo progresso do mesmo, com diferentes avanços apresentados conforme o desenvolvimento do programa terapêutico. Demonstrou-se a necessidade de adequação de políticas públicas de saúde que busquem garantir atendimento integral aos usuários restritos ao domicílio, e a inserção do fisioterapeuta enquanto membro da equipe de saúde da família apresenta-se como uma potente estratégia para a garantia deste atendimento integral, resolutivo e humanizado.