A GINÁSTICA ABDOMINAL HIPOPRESSIVA NOS SINTOMAS DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

Autores

  • Rafaela Baisch Tessele Centro Universitário Franciscano
  • Letícia Fernandes Frigo Centro Universitário Franciscano

Resumo

INTRODUÇÃO: Em vista da elevada predominância de casos de distúrbios intestinais, principalmente a Constipação Intestinal (CI) em mulheres temos como importante forma de tratamento a Ginástica Abdominal Hipopressiva (GAH) para minimizar esses efeitos deletérios para essa população. A CI é definida como a frequência de evacuação inferior a três vezes por semana, fezes geralmente endurecidas e esforço ao defecar (Azevedo 2013). Dentre as formas de tratamento, encontra-se a Fisioterapia, que proporciona uma abordagem terapêutica que apresenta excelentes resultados, baixos índices de efeitos colaterais e custo reduzido. Dentre os recursos está à reeducação muscular, como forma de reabilitação e prevenção, sendo a GAH uma alternativa. A GAH trabalha a tonificação do assoalho pélvico e da cinta abdominal normalizando também as tensões músculo-aponeuróticas antagonistas, e o diafragma, auxiliando na sua excursão (Caufriez 2007). OBJETIVOS: Investigar o efeito da ginástica abdominal hipopressiva na constipação intestinal. METODOLOGIA: Para avaliar as voluntárias foi utilizado uma ficha de avaliação, avaliação do músculo transverso do abdômen e o questionário de ROMA III antes, após e um mês após o protocolo de GAH, que teve duração de quatro semanas, frequência de duas vezes semanais, nos meses de fevereiro a maio de 2014, totalizando oito sessões com duração de aproximadamente trinta minutos. RESULTADOS: Após as quatro semanas de protocolo, reaplicou-se a avaliação no qual se notou resultados satisfatórios, 100% (8) melhoraram a força do seu músculo transverso do abdômen, somente uma possuía dor ou desconforto abdominal ao evacuar e sete delas não, quanto ao número de evacuações semanais superiores a três foi presente em 100 % (8) da amostra. A postura da pelve não mudou após o protocolo de GAH. Após as cinco semanas da GAH 100% das voluntárias melhoraram a força do seu músculo transverso do abdômen, foi relatado o alívio da dor ou desconforto abdominal ao evacuar, a frequência de evacuações semanais melhorou em 100% dos sujeitos. As fezes duras e fragmentadas diminuíram, ao forçar para evacuar há uma melhora nas voluntárias. E a sensação de esvaziamento incompleto após evacuação, de frequentemente passou para nunca ou raramente e às vezes após a GAH. Na reavaliação após um mês, as pacientes apresentaram a força do músculo transverso do abdômen 100% (8) com resultados satisfatórios, notando melhora em quatro voluntárias, diminuição em duas e se manteve em duas. Também foi notado que cinco das avaliadas não relatavam dor ou desconforto abdominal ao evacuar e três delas voltaram a referir dor. O número de evacuações semanais inferiores a três foi presente em 75% da amostra, 87,5% das avaliadas relataram forçar para evacuar e 12,5% não, 50% continuaram com a sensação de esvaziamento incompleto enquanto 50% não, 62,5% apresentaram fezes duras ou fragmentadas e 37,5% não. CONCLUSÃO: No presente estudo a GAH proporcionou uma melhora nos episódios de dor e desconforto abdominal e também um aumento nas evacuações para uma frequência maior que três vezes por semana, beneficiando a CI.