CONSTRUINDO O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS) NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Natália Paes Santana CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE
  • Mohana de Araújo Lima Patriota CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE
  • Juliana Gomes Montanha de Freitas CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE
  • Clenya Ionara Guedes Belarmino CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE
  • Camila Nepomuceno Norat CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE
  • Eleazar Marinho de Freitas Lucena CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE
  • Renata Newman Leite dos Santos Lucena CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOAO PESSOA - UNIPE

Resumo

INTRODUÇÃO: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) constitui-se em um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultando na discussão de uma equipe interdisciplinar, que pode ser apoiada pela equipe do Núcleo de Apoio á Saúde da Família (NASF), considerando as singularidades do sujeito e a complexidade de cada caso. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Diante desta proposta, realizou-se uma reunião com os profissionais da atenção básica de uma Unidade Saúde da Família (USF), localizada no Município de Cabedelo-PB, e discentes do 7º período do curso de fisioterapia do Unip, tendo como finalidade a construção do PTS para uma determinada família do território. A discussão abrangeu o contexto familiar de um usuário de quatro anos de idade, acometido por paralisia cerebral, que perdeu o pai há três anos e a mãe recentemente. Após a morte da mãe, passou a morar com uma irmã, a qual tem uma filha de seis anos e mora junto com o companheiro. A sua filha não frequenta a escola e o seu companheiro faz o uso de álcool em excesso. Após a morte da mãe, a criança permanece sem a guarda definida. Durante a análise da situação, os profissionais montaram três fases para a construção do PTS: 1» FASE - identificar os problemas; 2» FASE - direcionar os encaminhamentos dos problemas; 3» FASE - estabelecer os responsáveis por esses encaminhamentos. Seguindo a construção do PTS, após a reunião realizada, cada profissional responsável por determinada área de encaminhamento foi em busca de sua função. Um mês após a primeira reunião, realizou-se uma reavaliação para observar o andamento do caso e elencar novos problemas. Neste período, as crianças estiveram residindo com a avó materna, em condições precárias de moradia. IMPACTOS: O PTS subsidiou possíveis encaminhamentos para dar resolutividade aos problemas identificados, apesar das dificuldades da implementação desse projeto na unidade, destacando-se, sobretudo, a falta de comunicação entre os profissionais da USF. Portanto, a discussão do caso além de beneficiar a família em questão, repercutiu na relação interprofissional na USF de modo positivo, estabelecendo diálogos e incentivando a realização de reuniões de equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Visto a necessidade da realização do PTS, ressalta-se a importância desse projeto na atenção básica, onde se constatou o envolvimento e a interação dos profissionais em torno de uma situação complexa presente no território de atuação, enaltecendo a importância do diálogo e o compartilhamento de saberes no ambiente de trabalho.