GRUPO DE ENCONTRO COM GESTANTES COMO ESTRATÉGIA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, CUIDADO E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

Autores

  • Tamiris Albuquerque Martha UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Thainá Rayane Bezerra Vieira UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Geraldo Eduardo Guedes de Brito UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

INTRODUÇÃO: A educação em saúde pode ser compreendida como um processo amplo na educação, proporcionando a construção de um espaço com diálogo e troca de saberes, muito importante na veiculação de novos conhecimentos, mudança de hábitos, atitudes, e comportamentos. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do estágio de fisioterapia em saúde coletiva da Universidade Federal da Paraíba. O território de atuação foi um bairro da cidade de João Pessoa - Paraíba. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: De acordo com a demanda observada foi discutido sobre a criação do grupo de encontro com as gestantes. Os encontros ocorreram nas terças feiras, um dia estratégico devido a consulta do pré-natal destas mulheres, durante cinco semanas, com enfoque na educação em saúde como estratégia para o cuidado á gestante. O primeiro momento teve como tema A prática de exercícios respiratórios na gestação e parto", o segundo encontro ocorreu com o tema "Exercícios circulatórios", auxiliando as mulheres com práticas para diminuição de dores e edemas em membros inferiores, tema sugerido pelas próprias usuárias. O terceiro encontro teve enfoque na "Diabetes gestacional", na qual as mulheres relataram experiências próprias, e construímos juntos uma reflexão em como se cuidar durante a gravidez, o que representa um dos principais elementos para a promoção da saúde, a emancipação dos sujeitos e um espaço para troca de vivências e saberes. No quarto dia de grupo começamos a perceber o compromisso de algumas gestantes em participar toda semana, permanecendo nos encontros desde o primeiro dia. O tema desta vez foi voltado ao cuidado com o bebê, por meio da "Massagem shantala". Perguntamos as usuárias se elas conheciam esse tipo de massagem, e uma delas já havia tido uma vivência sobre a mesma, o que facilitou para que ela demonstrasse seus conhecimentos sobre o assunto e levasse as outras gestantes a também se interessarem. Elas foram muito participativas e protagonistas do que estava sendo dialogado. Nosso quinto e último encontro ocorreu com uma conversa sobre "Tipos de parto". Compareceram ao encontro outros profissionais da saúde, como enfermeira, dentista, ACS, o que enriqueceu ainda mais o momento. O número de mulheres também foi bem maior que o esperado. Apesar de não ser a primeira gestação de muitas mulheres, elas se mostraram surpresas com os tipos de partos que ainda era desconhecido, e sobre seus direitos neste momento tão único. . IMPACTOS: Diante disso, a educação em saúde deve ser participativa, não estabelecida de forma imposta, nem imediata. É uma construção diária e coletiva, possivelmente inacabada. É importante reconhecer que talvez nossos objetivos como profissionais não sejam alcançados, porém é válido compreender as mudanças que as pessoas se propõem. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, é preciso considerar o cotidiano das pessoas envolvidas na ação, no nosso caso as mulheres gestantes do território, suas necessidades, seu estilo de vida, crenças e valores. Construir juntos quais as reais necessidades, e como as ações de educação em saúde participativas possam ser um campo aberto de transformação e influenciadora em sua qualidade de vida.