IMPACTOS DE UM GRUPO DE HIPERDIA FACILITADO POR RESIDENTES E TRABALHADORES DE UMA ESF

Autores

  • José Felix de Brito Júnior FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM
  • Lays Cristina dos Anjos Leite FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM
  • Maria Angélica Pinheiro Serra FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM
  • Tássia Queiroga de Lucena FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM
  • Cynthia Guedes Santiago Melquíades FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA - FCM

Resumo

INTRODUÇÃO: O grande impacto da morbimortalidade cardiovascular na população brasileira, que tem o Diabetes Mellitus (DM) Tipo 2 e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) como importantes fatores de risco, traz um desafio para o sistema público de saúde: a garantia de acompanhamento sistemático dos indivíduos identificados como portadores desses agravos, assim como o desenvolvimento de ações referentes á promoção da saúde e á prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (LIMA et al. 2012). O presente trabalho tem o objetivo de descrever a formação de um grupo de Hiperdia por uma equipe de residentes e trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família (ESF). DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O grupo de Hiperdia acontece mensalmente, fora do prédio da Unidade de Saúde da Família (USF), dentro do território de uma comunidade em um bairro da cidade de João Pessoa-PB. Sendo facilitado pela equipe de saúde da família (médica, enfermeira, agentes comunitários de saúde) e equipe multiprofissional de residentes (enfermeira, farmacêutica, fisioterapeuta e nutricionista). Os encontros são planejados em conjunto por ambas equipes. Inicialmente os usuários e trabalhadores se encontram na USF e seguem em caminhada até o local que será desenvolvido as atividades. Chegando no local é verificado a pressão arterial de todos usurários presentes. As rodas de conversas acontecem sobre assuntos sugeridos pelos usuários e equipe, trabalhando temas relacionados a alimentação saudável, estímulo a mudança de estilo de vida e cuidados gerais em saúde, os usuários compartilham seus saberes sobre os temas abordados e de acordo com suas experiências vividas há uma importante troca de saberes entre todos presentes. As práticas corporais são realizadas após a roda de conversa, voltada a exercícios que podem ser realizados em casa e estímulo a prática de atividade física diária/semanal. Foi também inserido a prática de auriculoterapia por acunpressão de sementes, disseminando as Práticas Integrativas e Complementares na atenção básica. As consultas são realizadas individualmente ao final das ações coletivas, no mesmo local que acontece o grupo. IMPACTOS: É papel das equipes de Saúde da Família desenvolver ações de prevenção, promoção e manutenção á saúde, porém as equipes muitas vezes são engolidas pelas demandas de procedimentos curativos e de consultório. Realizar atividades dentro dos territórios permite quebrar a rotina muitas vezes sobrecarregada das USF's, melhora a relação entre os usuários e profissionais de saúde e amplia o olhar da comunidade sobre as práticas em saúde. A vivência contribuiu bastante no processo de aprendizagem dos residentes, desenvolvendo ferramentas e estratégias para implementação do grupo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A hipertensão e diabetes como condições crônicas necessitam de cuidados constantes, acompanhamento de diversos profissionais e orientações, visando evitar os fatores de risco e complicações destas co-morbidades. As ações em grupo desconstroem a atenção apenas curativa e colaboram para reorientação do cuidado em saúde, estimulando a corresponsabilidade do usuário em seu processo saúde-doença. Mostrando a importância das práticas e tecnologias leves de cuidado no processo de trabalho na atenção básica.