NASF FLOR DE LÓTUS E RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: SOBRADINHO 2 E FERCAL/DF

Autores

  • Larissa de Lima Borges SECRETARIA DO ESTADO SAÚDE DO DF (SES/DF)
  • Luciana Bayeh de Rezende Correia SECRETARIA DO ESTADO SAÚDE DO DF (SES/DF)
  • Ozélia Pereira Evangelista SECRETARIA DO ESTADO SAÚDE DO DF (SES/DF)
  • Eliane Gomes Lima SECRETARIA DO ESTADO SAÚDE DO DF (SES/DF)
  • Cleide Alves de Andrade SECRETARIA DO ESTADO SAÚDE DO DF (SES/DF)

Resumo

INTRODUÇÃO: Os núcleos de apoio à saúde da família (NASF) são equipes de atenção básica, assim como as equipes de estratégia de saúde da família. O papel do NASF é apoiar as equipes de ESF, sendo retaguarda para as mesmas, tanto no âmbito assistencial quanto técnico-pedagógico. Para tal utiliza-se da ferramenta metodológica do apoio matricial. O NASF foi instituído em 2008 pelo ministério da saúde, podendo ser de 3 tipos conforme carga horária total e número de equipes ESF apoiadas, havendo recurso financeiro do governo federal para o município que tiver estas equipes cadastradas (80000, 12000, 20000 reais/mês). DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O NASF flor de lótus é do tipo 1, formado por cinco categorias profissionais: fisioterapia, homeopatia, nutrição, psicologia e serviço social e apoia 09 equipes ESF na Região Norte do DF (5 em sobradinho 2 e 4 na fercal). Destaca-se que este NASF é cenário da residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (ESCS) e recebe residentes de fisioterapia, nutrição e psicologia. Em janeiro de 2017, o NASF flor de lótus iniciou em um novo território e com uma nova rotina/agenda, com incentivo e apoio do gerente de território; oficinas com servidores (acolhimento e saúde mental, cuidados com a coluna, o que é homeopatia, 10 passos da alimentação saudável, ptned). A agenda deste NASF contempla reunião de equipe, reuniões de matriciamento com as 09 ESF (1x/mês); apoio institucional à ESF e gerente, atendimentos individuais específicos ou compartilhados na UBS ou no domicílio; grupos de terapia comunitária integrativa, tai chi chuan, coluna sem dor, alimentação saudável e outros transversais; ações de vigilância em saúde (levantamento e análise de dados de morbidade hospitalar por condições sensíveis à aps, dados de violência, dados do sistema de regulação), visitas institucionais, ações de articulação da rede, oficinas de educação permanente com servidores e outras ações de apoio matricial que forem pactuadas com as gerências e com as ESF. Até o momento, esta equipe, apesar das dificuldades com infraestrutura, teve avanços no território, os quais estão em fase de compilação e análise por meio do relatório quadrimestral elaborado pela própria equipe para se auto avaliar. IMPACTOS: A curto prazo, percebe-se a maior interação com as equipes ESF e o aumento na demanda para o NASF em geral, além de mudanças nos processos de trabalho das ESF. A médio e longo prazo, estima-se impactos no território em indicadores como o de internações sensíveis à aps, redução do número de encaminhamentos para os pontos da rede de média e alta complexidade, dentre outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O NASF flor de lótus é um experiência incipiente, porém, de grande relevância para o território onde se encontra e para o DF, estado este que apresenta apenas 34% de cobertura de ESF e somente 08 NASF cadastrados. Urge que mais equipes NASF sejam criadas e cadastradas para que de fato a aps se torne a ordenadora da rede de atenção à saúde e para que de fato a saúde se concretize na integralidade do sujeito e no trabalho em equipe interdisciplinar, superando a lógica biologicista, fragmentada e medicalizante.