REDE INTEGRADA DE ATENÇÃO E CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA (RIACUPO): ARTICULANDO ATORES, EFETIVANDO PARCERIAS, INTEGRALIZANDO CONHECIMENTOS

Autores

  • Jânia de Faria Neves CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • André Petraglia Sassi CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Rosa Camila Gomes Paiva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Maria Elma de Souza Maciel Soares CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Andréa Carla Brandão da Costa Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Lucy Santos da Cunha CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Rayara Cássia dos Santos Evangelista CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
  • Amanda Cristiane Pereira da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

Resumo

INTRODUÇÃO: A assistência á saúde no Brasil é conhecida por sua fragmentação e fragilidade da rede. A estratégia que vem sendo apontada como saída para corrigir tanto a origem quanto as consequências desse problema são as redes de atenção á saúde (RAS). Dentro da formação em saúde, as RAS vem sendo muito discutidas conjuntamente com a estruturação dos projetos terapêuticos singulares (PTS). Através do PTS é possível produzir e gerir o cuidado em saúde em uma perspectiva que leva em consideração as subjetividades do usuário dentro do conceito de clínica ampliada, ou seja, um cuidado feito por uma equipe interdisciplinar que impulsiona o protagonismo do doente e seus familiares na solução dos problemas adscritos. Para pacientes com doenças crônicas, pelas particularidades e complexidades das co-morbidades associadas, a presença de uma rede integrada pode alavancar os efeitos das ações em saúde. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O projeto de extensão Fisioterapia e Cuidados Paliativos no Câncer de Mama e Uroginecológico iniciou suas atividades em 2017. A estruturação do projeto foi feita de maneira intencional para oportunizar aos aprendentes a experiência de vivenciar o processo de adoecimento no câncer ginecológico e de mama e, a partir de suas necessidades, prestar os cuidados necessários. A ideia central era que as pacientes pudessem ter assistência para as suas necessidades detectadas a partir da avaliação fisioterapêutica e, assim, encaminhadas para as clínicas escolas ou serviços do UNIPÊ, dentro de um sistema de referência e contra referência. Um primeiro contato prévio com um curso foi realizado com Medicina em meados de maio de 2017, ocasião em que firmou-se uma parceria para que as mulheres que realizassem atendimento no projeto pudessem ser acompanhadas pelos alunos de Medicina e as mulheres assistidas no ambulatório de saúde da mulher do internato seriam encaminhadas para avaliação fisioterapêutica. Além desse sistema de gerenciamento, os casos de pacientes em comum seriam discutidos pela equipe que estivesse assistindo á mulher, em uma perspectiva interdisciplinar. Espera-se que até o final de agosto de 2017 essa etapa inicial seja concluída e a RIACUPO esteja em pleno funcionamento. IMPACTOS: A elaboração da proposta teve impacto na formação dos alunos e no seguimento dado ás pacientes. Na perspectiva discente, as discussões permitiram uma ampliação dos olhares com séria reflexão. Paralelamente, os relatos das mulheres revelam o quão importante é estar em um serviço em que suas necessidades são consideradas nos mínimos detalhes, se refletindo, inclusive, no enfrentamento da doença e no encorajamento para seguir o tratamento até o fim. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os caminhos para a produção de uma RAS para usuários com tantas necessidades e singularidades não é uma atribuição fácil. São muitos processos envolvidos nessas articulações e muitos atores com formações distintas e percepções sobre saúde, doença e cuidado. Contudo, uma formação que explore essas potencialidades, permite ao aprendente reconhecer suas limitações, enxergar as possibilidades dos outros membros da equipe e, ao mesmo tempo, mune o discente com competência e habilidades que o ajudarão na resolução de casos complexos e de serviços críticos.