RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AULAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA: SÍNDROME HALLERVORDEN SPATZ

Autores

  • Amaury Cabral de Souza Junior UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Alice Soares Silva UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Anna Carolina Varela de Brito UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Jussara Karollynne Bezerra Dantas UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Lenita Sibele França Magnus UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Maria Luiza Freire da Silva UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Wendelly da Silva Fernandes UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP
  • Elisa Sonehara de Morais UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP

Resumo

INTRODUÇÃO: As aulas práticas supervisionadas são atividades importantes no processo ensino - aprendizagem para a formação integral do estudante pois são desenvolvidas sob a orientação, supervisão e avaliação de docentes e realizadas pelos discentes junto ás comunidades, possibilitando a prestação da assistência fisioterapêutica dentro dos princípios do SUS, compondo equipes multiprofissionais de saúde, contribuindo no desenvolvimento de competências e habilidades gerais na atenção á saúde, através da capacidade de avaliar, sistematizar e tomar decisões visando o uso apropriado da força de trabalho, custo efetividade de procedimentos e de práticas baseadas em evidências cientificas, tornando-se aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Este trabalho relatará a experiência com uma criança portadora da Síndrome de Hallervorden Spatz, conhecida como Síndrome olhos de tigre, caracterizada pela mutação do cromossomo 20p13 ocorrendo uma alteração na enzima pantotenatoquinase ocasionando um acúmulo de ferro nas substâncias negras, globos pálidos e perda neuronal (ZHOU et al., 2001). DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Este relato consiste na experiência vivenciada pelos acadêmicos, durante as aulas práticas supervisionadas da disciplina de fisioterapia respiratória do curso de Fisioterapia da Universidade Potiguar, realizada no Centro de Reabilitação Infantil (CRI), na cidade de Natal/RN, no segundo semestre de 2016. Tivemos a oportunidade de utilizar as técnicas e teorias de avaliação fisioterapêutica, em uma criança com 11 anos, portadora da Síndrome olhos-de-tigre. Na avaliação, sua mãe relatou que seu desenvolvimento neuropsicomotor foi normal até os 6 anos de idade. No entanto, começou a apresentar perda progressiva dos seus movimentos. Ao exame físico, estava consciente, afásico, tetraplégico com hipertonia e deformidades assimétricas em membros inferiores e superiores. Tórax escoliótico, expansibilidade torácica assimétrica, diminuída em hemitórax direito, ausculta pulmonar com discreta presença de roncos de transmissão de vias aéreas superiores, tosse eficaz e seca. IMPACTOS: Essa vivência das aulas práticas nos instigaram a buscar na literatura por informações sobre essa raríssima Síndrome, sua fisiopatologia, características clínicas progressivas e exames complementares do crânio como tomografia computadorizada ou ressonância magnética que entendemos a sua denominação pois, em suas imagens, apresenta o sinal dos olhos de tigre devido a deposição periférica de ferro no globo pálido. Entendendo a complexidade das consequências de uma doença neurodegenerativa o planejamento de tratamento adequado para suas necessidades, requer um acompanhamento da equipe de reabilitação e melhoramos a comunicação com os familiares/cuidadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência das aulas práticas, proporcionou enriquecimento acadêmico, pessoal e profissional, levando á reflexão, no quanto a saúde e bem-estar é volátil, diante da existência de diversas patologias, algumas com evolução favorável e outras desfavoráveis. Destacamos a relevância do trabalho da atuação da equipe multi e interdisciplinar, para proporcionar uma qualidade de vida adequada para os pacientes.