DANÇATERAPIA: UM INSTRUMENTO DE APOIO A INCLUSÃO SOCIAL

Autores

  • Evanilza Teixeira Adorno UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Caroline Souza Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Karolina Bomfim Silveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Lavínia Teixeira-Machado UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Resumo

INTRODUÇÃO: O Projeto de Extensão Dançaterapia: A Música e a Dança como Instrumentos de apoio a Inclusão Social também denominado TALT (Terapia Alternativa Lavínia Teixeira), tem como principal objetivo utilizar a dança como intervenção terapêutica em crianças com deficiências físicas e mentais; e objetivos específicos: contribuir para a evolução motora, favorecer qualidade de vida, promover inclusão e interação social dos mesmos. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O TALT tem a participação de discentes dos Cursos de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Enfermagem, sob a coordenação de duas professoras da Universidade Federal de Sergipe (UFS). As práticas de dança são realizadas em crianças e adolescentes com deficiência (paralisia cerebral, síndrome de Down, autismo), em sala de aula, duas vezes por semana, em dias alternados, na UFS, Campus Lagarto, em Sergipe. Os encontros são organizados em dois grupos: um é composto por participantes com paralisia cerebral, onde é aplicado um protocolo de tratamento utilizando a dança e a música com movimentos que facilitam o movimento normal, à medida que inibe padrões anormais de movimento; e o outro grupo é composto por integrantes com síndrome de Down e autismo, o protocolo utiliza músicas educativas que estimulam o desenvolvimento neuropsicomotor dos praticantes, mediante associações da música com os passos de dança. Além disso, durante os encontros acontecem ensaios de coreografias para as apresentações públicas realizadas em eventos acadêmicos e culturais, e também nas escolas do município. Todos os responsáveis dos participantes do projeto assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e são submetidos a instrumentos de avaliação de acordo com o diagnóstico: CARS (Childhood Autism Rating Scale); SF 36 (Medical Outcome Study 36-item Short-From Health Survey); MIF (Medida de Independência Funcional); PEDI (Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade); GMFM (Medição da Função Motora Grossa). IMPACTOS: Os resultados demonstraram que em nove semanas de aula, os participantes já demonstravam algum avanço: concentração, destreza, comportamento com os outros participantes e com os familiares. Mediante relato dos pais e responsáveis, os participantes demonstraram melhora da autoestima e melhor desempenho na realização de tarefas, seja em casa ou na escola. Seus avanços foram perceptíveis na sociedade através de apresentações em eventos acadêmicos e culturais, promovendo assim a interação social. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Dançaterapia favorece a inclusão social, perceptível pelo desenvolvimento e evolução dos participantes em ambientes familiar, escolar e social, relatados por pessoas do convívio deles. Portanto, a dança atua de maneira substancial no cotidiano dos praticantes e também dos seus cuidadores.