ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO DISCENTE QUANTO AS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E SENSORIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Chrystianne Barros Saretto UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC
  • Diana Catani UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC
  • Clodoaldo Antônio de Sá UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC
  • Carla Rosane Paz Arruda Teo UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC
  • Fátima Ferretti UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC
  • Maria Elisabeth Kleba UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC
  • Maria Esther Traverso UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC

Resumo

INTRODUÇÃO: O tema das deficiências envolve questões mais amplas, que ultrapassam o entendimento puramente físico pois demandam respeito á diversidade, num processo de sensibilização para a inclusão social, em que indivíduo deficiente e a sociedade são co-responsáveis de produzir as mudanças necessárias para que esse sujeito tenha uma vida com qualidade. As interações humanas inerentes á atividade profissional da área da saúde são naturalmente permeadas pela inclusão social e no entanto o que se observa durante o processo de formação é que o acadêmico é exposto a uma quantidade enorme de informação científica que monopoliza o tempo educacional e deixa espaço restrito para abordar questões relativas á compreensão das expectativas do paciente e a relação profissional-paciente que essa realidade implica. O objetivo da atividade foi simular situações cotidianas da vida dos deficientes físicos e sensoriais com acadêmicos de fisioterapia, no intuito de sensibilizá-los quanto ás limitações e potencialidades do meio e entorno, bem como de incentivar a relação empática a partir da vivência de tais situações na perspectiva de contribuir para uma efetiva inclusão social. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A atividade foi realizada por meio de metodologias ativas, sendo eleita a simulação realística para tal propósito. Essa técnica busca a recriação de situações reais de vida permitindo o desempenho prático e a aquisição de habilidades em um ambiente seguro. Para execução, os acadêmicos foram alocados aleatoriamente em grupos e expostos ás condições de cadeirantes, amputados, deficientes visuais e deficientes auditivos. Após, foram sorteadas atividades cotidianas para que eles executassem na condição de deficientes como o uso do banheiro, lavagem de mãos, impressão de arquivos, acesso ao portal de ensino, buscar materiais em outros setores, encher uma garrafa de água e se deslocarem até a praça próxima. Importante ressaltar que antes e após a atividade eles responderam a uma pergunta norteadora: Com base na sua experiência de vida, discuta sobre como é a maneira que você se relacionaria com uma pessoa com deficiência física ou sensorial? Como se comunicar, como ajudar, como reduzir riscos, quais são as limitações e quais as potencialidades? IMPACTOS: Os impactos positivos com a atividade repercutiram em momentos distintos ao longo do tempo, imediatamente por meio das substanciais mudanças nos discursos em resposta á pergunta norteadora antes e após a simulação, o que foi abordado por meio da análise temática; e também em outros encontros em que se observaram relatos informais quanto a estigmas e significações sobre as fragilidades e potencialidades dos deficientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso dessa estratégia ativa mostrou-se eficiente no desenvolvimento da habilidade de empatia, aspecto fundamental para uma prática humanizada e acolhedora. A formação dos profissionais de saúde há que buscar diferentes estratégias de ensino aprendizagem para desenvolver habilidades nos estudantes para o estabelecimento de boas relações entre profissionais/cidadãos e pacientes.