PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR EM FISIOTERAPIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Alvaro Camilo Dias Faria UNIGRANRIO
  • Daniel Sanches UNIGRANRIO
  • Roberta Barzaghi e Sá UNIGRANRIO
  • Lúcia Inês Kronemberger Andrade UNIGRANRIO
  • Hulda Cordeiro Herdy Ramim UNIGRANRIO

Resumo

INTRODUÇÃO: Desde 2014 a Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy - UNIGRANRIO vem sistematizando seu novo modelo de ensino, baseado em competências, com foco no aluno e na sua trabalhabilidade. O Novo Modelo de Ensino UNIGRANRIO começou a ser desenvolvido no curso de Fisioterapia em 2017. Uma das estratégias metodológicas para a sua consolidação é o Projeto Curricular Articulador (PCA), desenvolvido semestralmente. O PCA foi criado com o objetivo de propor soluções para situações problema da prática profissional, objetivando a consolidação das competências da trabalhabilidade. No caso específico do fisioterapeuta em formação, visa desenvolver a autonomia intelectual, além de aprimoramento profissional e pessoal, por meio da articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão e do desenvolvimento de competências ligadas ao empreendedorismo e a inovação. Por ser uma unidade curricular presente em todos os períodos do curso, possibilita a formação integral do aluno, articulando de forma vertical e horizontal as unidades curriculares, as competências nelas trabalhadas e as competências da trabalhabilidade. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Como local de atuação, foi escolhido o Setor de Call Center da instituição, onde os alunos puderam observar situações problema relacionadas a saúde do trabalhador. Inicialmente a responsável pelo local foi até a sala de aula e participou de uma conversa com todos os 7 grupos, falando um pouco sobre a dinâmica do trabalho, turnos, folgas, intervalos, e demais aspectos relacionados á atividade laboral. Após esse momento, os grupos visitaram o setor, fizeram observações e conversaram com os funcionários. Durante os demais encontros, os alunos foram estimulados pelo docente a buscar bibliografias referentes ao tema, além de pensar em soluções inovadoras para a resolução dos problemas elencados. IMPACTOS: Visando avaliar a primeira experiência no Curso de Fisioterapia, foi enviado um formulário Google com algumas perguntas sobre como os alunos avaliaram a experiência, dando notas de 0 a 10 para cada domínio. Dos 31 alunos matriculados na disciplina, 27 responderam. Em relação a metodologia utilizada na disciplina e a inserção precoce no cenário de prática, 83,9% (22 alunos) avaliaram com notas entre 7 e 10; sobre o desenvolvimento de competências de empreendedorismo, de trabalhabilidade e de perfil investigador, a avaliação foi de 95,2% (25 alunos); em relação ao desenvolvimento de competências de gestão e de inovação em saúde, o resultado foi de 99,6% (26 alunos). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por se tratar de uma primeira experiência, os resultados apresentados fornecem bons indicadores para o objetivo proposto. Foi interessante perceber que temas pouco abordados na formação de profissionais da área da saúde, nesse caso especificamente de fisioterapeutas, relacionados ao desenvolvimento de empreendedorismo e inovação em saúde, foram bem recebidos e avaliados pelos alunos. Podemos concluir que, por se tratar de um processo de construção contínua de currículo baseado em competências, faz-se necessário um maior número de observações para que melhores conclusões possam ser efetuadas.