USO DE UM DIAGRAMA NA CAPACITAÇÃO DE DISCENTES DE FISIOTERAPIA PARA APLICAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF)

Autores

  • Karoleen Oswald Scharan PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
  • Tauane Gomes da Silva PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
  • Rafaella Stradiotto Bernardelli PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
  • Katren Pedroso Correa PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
  • Fernanda Cury Martins PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
  • Auristela Duarte de Lima Moser PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR

Resumo

INTRODUÇÃO: O uso de uma linguagem sistematizada capaz de descrever estados de saúde relacionados á funcionalidade pode complementar a descrição das condições de saúde registradas atualmente. A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para operacionalizar tal linguagem em diferentes áreas. Portanto, a CIF deve ser objeto de estudo na formação profissional. O presente estudo objetivou identificar a potencial contribuição de um diagrama baseado na CIF na formação de discentes de Fisioterapia. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O contexto do estudo foi uma clínica escola de uma universidade privada na cidade de Curitiba/PR, na qual os discentes registram as informações das avaliações fisioterapêuticas em fichas semiestruturadas que contém os tópicos: identificação, diagnóstico clínico ou queixa, anamnese e exame físico. Em seguida, ligam os achados da avaliação á CIF e então expressam-nos por meio de um diagrama. Os diagramas construídos no período Marco a Maio foram analisados quanto á estrutura, organização, clareza, categorias da CIF ligadas e seleção dos qualificadores. Para este relato foi selecionado um diagrama típico em que o discente seleciona categorias da CIF a partir de limitações ou incapacidades nos itens avaliados, denotando influência do modelo biomédico, focado mais na doença e menos no potencial de saúde. Houve predomínio de categorias referentes ás Funções do Corpo, porém, Estruturas do Corpo também mostraram-se fortemente presentes, devido a avaliação ser embasada em inspeção e testes funcionais. Em todos os diagramas o item anamnese foi pouco explorado, e acredita-se que as informações provindas desse item relacionam-se a todos os componentes com maior enfoque em Atividades e Participação e Fatores Ambientais. Essas informações norteariam os alunos no tratamento e orientações, indo além do domínio físico-estrutural, ampliando o foco das intervenções. Observou-se também que alguns diagramas não representaram interação das categorias com os itens avaliados, mostrando dificuldade na compreensão da CIF e ligação dela com a avaliação para padronizar a linguagem. Os discentes não relataram o método de escolha dos qualificadores como sugerido na literatura afim de possibilitar a replicação da coleta dos dados com uma linguagem comum. A partir dessa análise foi proposta uma versão atualizada de diagrama, baseada na interação dos componentes da CIF, que favorece o estabelecimento de intervenções e acompanhamento mais abrangentes, e permite ao discente e docente identificar mudanças no quadro do paciente pela variação do qualificador ao longo do tempo. IMPACTOS: Acredita-se que os ajustes sugeridos irão favorecer a aplicação da CIF beneficiando discentes e docentes na operacionalização de todos os componentes da classificação. Ademais, o diagrama proposto permitiria que o mesmo paciente avaliado e acompanhado por diferentes discentes ao longo de um período de tratamento tivesse suas informações coletadas de maneira sistematizada. Tal modelo será alvo de aplicação piloto para aprimoramento no contexto do estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise resultou em considerações para o aperfeiçoamento do aprendizado no estágio ressaltando a importância de utilizar a CIF de maneira complementar a avaliação já utilizada e gerar uma linguagem sistematizada e padronizada.