INTERPROFISSIONALIDADE, FORMAÇÃO EM FISIOTERAPIA E A EDUCAÇÃO PERMANENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Marcio Costa de Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • Jairrose Nascimento Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • Roberto Rodrigues Bandeira Tosta Maciel UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • Marcelo Peixoto Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

Resumo

INTRODUÇÃO: Desde as mudanças nas diretrizes curriculares estimuladas pela lei de diretrizes e bases da Educação, a formação em saúde vem atravessando transformações potentes a partir de mudanças nas matrizes dos currículos, que consequentemente influenciam na construção de componentes curriculares que operam em uma lógica de formação de trabalhadores que pensam e executam o cuidado humanizado e integral. Assim, a interprofissionalidade aparece com um dos desafios fundamentais para formação portanto, há que se visionar a formação de competências e habilidades capazes de dar contar desta dimensão. Há ainda que se refletir sobre a docência, pois os professores têm que, diante de suas práticas pedagógicas, promover a aquisição de competências e habilidades necessárias para formar pessoas capazes de atingir tais questões. Assim, a educação permanente aparece como uma ferramenta potente para produzir em si e reflita diretamente na formação dos futuros fisioterapeutas. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O relato de experiência ocorreu a partir da vivência na disciplina de Ensino Serviço e Comunidade da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Esta disciplina mesma faz parte da matriz curricular de todos os cursos da área de saúde (Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia, Medicina e Nutrição) do Departamento de Ciências da Vida da UNEB na Cidade de Salvador-Bahia. As turmas são formadas por 3 estudantes de cada curso, totalizando 18 discentes e ocorre nos três primeiros semestres dos cursos, transversalizando os demais componentes. No primeiro semestre trabalha a partir da experiência na comunidade em que são apresentadas a Unidade de Saúde da Família e seu território, em que o mesmos visitam a comunidade junto com os Agentes comunitários de saúde; no segundo semestre, também a partir do campo, é realizado um diagnóstico situacional para entender os problemas vivenciados na comunidade, estas ações unem trabalhadores, comunidade e a Universidade; no terceiro semestre, se concretiza com intervenções na comunidade a partir de ações planejadas a partir do diagnóstico situacional e a experiência de reconhecimento do território. Em todos os semestres os estudantes fazem um diário de campo e apresentam como atividade final. IMPACTOS: Podemos relatar que percebemos uma interação importante entre os cursos da área de saúde, havendo uma integração, no qual não se delimita ações específicas da fisioterapia e em consequência dos demais cursos, o que proporciona a construção de ações interprofissionais no futuro, além disso, a reflexão e inflexão do agir docente também sofre interferência, portanto, com estas ações trabalha-se as competências atitudinais dos estudantes e do docente, que diante da experienciação, promove subjetivações do cotidiano no agir de todos que participam, evocando-se para uma formação humanizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Espaços como este na formação podem contribuir para a interprofissionalidade, com fisioterapeutas que tenham o trabalho em equipe como ferramenta da integralidade do cuidar e que possamos visualizar a Educação permanente como algo palpável e fundamental para a formação docente e dos demais estudantes, que refletem diretamente na qualidade do ensino em Fisioterapia e no Sistema Único de Saúde.