ÁREA PULMONAR AVALIADA POR DIFERENTES NÍVEIS DE PRESSÃO POSITIVA EM PACIENTES COM DRENAGEM TORÁCICA: EXPERIMENTAL TRANSVERSAL

Autores

  • Elinaldo da Conceição SANTOS Universidade Federal do Amapá – UNIFAP e Universidade Cidade de São Paulo – UNICID.
  • Hiago Vinícius Costa SILVA Universidade Federal do Amapá – UNIFAP.
  • Achiles Eduardo Pontes CAMPOS Universidade Federal do Amapá – UNIFAP.
  • Odielson Ferreira CARMO Instituto de Neurologia do Amapá.
  • Adçon de Souza FERREIRA NeuroCor.
  • Moisés de Castro MONTE Faculdade de Macapá – FAMA.
  • Adriana LUNARDI Universidade Cidade de São Paulo – UNICID e Universidade Estadual de São Paulo – USP.

Palavras-chave:

Ventilação não invasiva, Tomografia computadorizada, Derrame pleural.

Resumo

Introdução: para otimizar a drenagem torácica e diminuir o tempo de permanência do tubo no espaço pleural, estratégias como uso de pressão positiva não invasiva tem sido usadas e diferentes níveis de pressão foram testadas, como 7, 8 e 10 cmH2O com aplicação variando de 30 minutos até 4 horas. A tomografia computadorizada pode ser usada para avaliar qual nível de pressão positiva não invasiva é capaz de expandir mais área pulmonar de pacientes com drenagem torácica por derrame pleural, podendo ajudar nas melhores escolhas terapêutica na prática clínica. Objetivo: comparar a expansão pulmonar sob 0 (zero) cmH2O (respiração espontânea), 4 cmH2O e 15 cmH2O de pressão positiva não invasiva em pacientes com derrame pleural drenado. Métodos: experimental randomizado. Envolveu dez pacientes com mais de 18 anos que desenvolveram derrame pleural após trauma torácico penetrante, drenados dentro de 24 horas com dor controlada (abaixo de 3 pontos na escala visual analógica) e sem contra indicação para uso de pressão positiva não invasiva. Foram excluídos pacientes em uso de drogas vasoativas, com arritmias complexas, obstrução de via aérea superior ou trauma de face, tosse ineficaz, distensão abdominal, náuseas, vômito e hemorragia digestiva alta. Cada paciente foi submetido randomicamente a três níveis de pressão: 0 (zero), 4 e 15 cmH2O para avaliação aguda da expansão pulmonar por meio da tomografia de tórax (Aquilion 64-Toshiba Medical Systems®, Japan) sem contraste. A área pulmonar analisada foi medida no corte central do parênquima pulmonar por meio do software adequado para medição de aérea, o RadiAnt DICON. Estatística: a área pulmonar foi comparada usando o teste Friedman seguido do teste Tukey como post-hoc usando o software SigmaPlot 12.5. Resultados: a área pulmonar submetida a pressão de 15 cmH2O foi maior do que 4 e 0 cmH2O (mediana 3913mm2; IQR (Intervalo Quartílico), 3416-4390mm2 vs mediana 3495mm2; IQR, 3075-3954mm2 vs mediana 3382mm2; IQR, 2962-3658mm2; pConclusão: a pressão positiva não invasiva de 15 cmH2O promove maior aumento de expansão pulmonar em área do que 4 cmH2O em pacientes com derrame pleural drenado. A pressão positiva não invasiva de 4 cmH2O não expande mais área pulmonar do que respiração espontânea (zero de pressão positiva).