PREVALÊNCIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA RELACIONADA A PARIDADE

Autores

  • Bruna dos Santos Martins MORAES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Adilson MENDES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Bianca Carvalho dos SANTOS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Agda Ramyli da Silva SOUSA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Natalia Abbenante Ferraz MATOS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Carina Sena FIGUEIREDO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Isadora Oliveira Freitas BARBOSA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Gravidez, Mulheres.

Resumo

Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é definida como perda involuntária de urina. Durante a gravidez e o parto, ocorre o estiramento do assoalho pélvico, aumentando a pressão intra-abdominal e o decréscimo da produção estrogênica, o que pode ocasionar a IU. No Brasil, em 2016 cerca de 40% das mulheres apresentaram queixa de perda urinária, e segundo o Ministério da Saúde, este número deve dobrar em 30 anos. Objetivo: Identificar a prevalência de incontinência urinária feminina de acordo com a paridade. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal. Foram selecionadas 55 mulheres com queixa de IU, com idades entre 25 a 74 anos. O atendimento ocorreu no laboratório de uroginecologia do bloco de fisioterapia da Universidade Federal do Amapá, no período de agosto de 2016 a setembro de 2017. As pacientes foram submetidas à anamnese por meio de um questionário relacionado a paridade. Foi utilizado como critério de inclusão mulheres com no mínimo 1 histórico de parto, que assinaram o termo de consentimento. Resultados: A média de partos realizados equivale a 4,1 filhos, destes, 85,5% foram partos vaginais. Dos 47 partos vaginais, 48,9% receberam episiotomia, se contraponto com 14,6% que tiveram o tipo de parto cesariano procedendo em 1,7 como média. 7,3% relataram o uso de fórceps e somente 25,5% tiveram assistência com parteiras. O peso médio do maior recém-nascido foi de 3,627, sendo que 20% não souberam responder. A idade do primeiro parto ficou entre 15 a 33 anos e do último de 20 a 54 anos, sendo que uma não soube responder a essa última pergunta. O percentual abortivo foi de 9,1%. Das mulheres que tiveram partos vaginais, 85,1% apresentaram IUM, 8,5% a IUU e 6,4% IUE. Já as que tiveram parto cesárea, 75% apresentaram IUM, 12,5% IUU e 12,5% a IUE. Conclusão: A IUM teve maior prevalência nos dois tipos de partos, 85,1% nos vaginais e 75% nas cesáreas. Esse estudo reitera outros estudos já consolidados realizados em outros contextos que ratificam que o perfil obstétrico não seja a principal causa de IU, mas é um fator de grande relevância.