INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO ENTRE IDOSOS NOS ESTADOS E REGIÕES DO BRASIL, 2012 – 2016

Autores

  • Nara Loren Oliveira dos SANTOS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Caroline de Fátima Ribeiro SILVA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Yasmin Pontes MOREIRA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Karyny Roberta Tavares PICANÇO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Izabelle Santos dos SANTOS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Esthefanny Karolinne Sanches RIBEIRO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Maycon Sousa PEGORARI Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Daniela Gonçalves OHARA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Idoso, Sistema cardiovascular, Hospitalização, Registros de mortalidade.

Resumo

Introdução: As Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) consistem em um grupo de morbidades que acometem o coração, vasos sanguíneos e linfáticos, tendo como principais fatores de risco o tabagismo, dieta inadequada, inatividade física, etilismo e história familiar de DAC; condições frequentes em idosos, que podem resultar no aumento de admissões hospitalares e/ou óbitos por esta causa. Objetivo: Descrever e comparar as internações e óbitos de idosos conforme estados e regiões do Brasil de 2012 a 2016. Métodos: Estudo ecológico de séries temporais com dados anuais das internações e óbitos de idosos por DAC foram obtidos do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e Sistema de Internações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) referentes ao período de 2012 a 2016. A população idosa residente em cada estado e região do Brasil foi obtida a partir da estimativa do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mesmo período. O cálculo dos coeficientes de internações hospitalares (CIH) e de mortalidade por idade (CMI) foi obtido pela divisão do número de internações/óbitos no ano pelo número da população de idosos residentes na região e estado no mesmo ano, multiplicando-se por 10.000 habitantes (hab). Procedeu-se à análise descritiva e inferencial por meio da comparação do CIH e CMI a partir dos intervalos de confiança (p<0,05). Resultados: No Brasil, o CIH médio representou 283,56 (IC 95%: 265,47-301,64), enquanto que o CMI médio correspondeu a 29,50 (IC 95%: 28,53-30,47). Na análise comparativa, as regiões Sul (374,34 IC95%: 360,97-387,71), Centro-Oeste (296,50 IC 95%: 265,60-327,39) e Norte (265,72 IC 95%: 229,05-302,39) obtiveram maiores coeficientes (CIH) quando comparados às demais regiões. Paraná (427,54 IC 95%: 410,06-445,01) obteve maior CIH médio na comparação com a maioria dos estados, seguido por Piauí (370,36 IC 95%: 342,82-397,90) e Santa Catarina (367,22 IC 95%: 348,25-386,20). Quanto aos óbitos, as regiões Sul (32,36 IC95%: 31,65-33,07) e Centro-Oeste (29,93 IC 95% 29,33-30,54) apresentaram maiores CMI médios. Acre (40,12 IC 95%: 33,83-46,42), Alagoas (38,32 IC 95%: 32,99-43,65) e Rondônia (37,28 IC 95%: 34,51-40,05) destacaram-se com maiores CMI em relação aos demais estados. Conclusão: Os estados do Paraná e Acre apresentaram os maiores CIH e CMI por DAC, respectivamente; e a região Sul em ambos coeficientes. Tais resultados podem configurar subsídios para estratégias de prevenção e manejo de pessoas idosas com tais afecções.