A PREVALÊNCIA DA CEFALEIA NAS MULHERES DA ASSOCIAÇÃO VÍTIMAS DE ESCALPELAMENTO DO ESTADO DO AMAPÁ

Resumo

Introdução: No norte do Brasil, mais especificamente na região Amazônica, o escalpelamento é um trauma que ocasiona grande impacto na vida das vítimas acometidas. As sequelas decorrentes trazem sofrimentos físicos, emocionais e psicossociais afetando diretamente as questões pessoais, sociais e econômicas tornando-se um relevante problema de saúde pública. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi identificar as características do comportamento da cefaleia em mulheres vítimas de escalpelamento. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, sendo a amostra composta por 37 mulheres vítimas de escalpelamento residentes dos municípios de Macapá e Santana, com faixa etária igual ou superior a 18 anos. O diagnóstico das cefaleias foi efetuado por meio do Manual Internacional de Classificação das Cefaleias estabelecido pela Sociedade Internacional de Cefaleia e a dor foi quantificada através da Escala Visual Analógica. Resultados: Das 37 mulheres participantes na pesquisa, 54,1% apresentaram avulsão total do couro cabeludo, a principal queixa de saúde foi a cefaleia que ocorreu em 94,5% dos casos. Sendo a forma mais prevalente a migrânea 37,8% caracterizada como: pulsátil 35,1%. Quanto à região da dor, 29,7% referiram que é inespecífico, ou seja abrange toda a cabeça. Mais de metade das mulheres (56,8%) referiram que a dor surgiu após o acidente. Conclusão: A maioria das mulheres afirmam que os sintomas de cefaléia surgiram após o acidente do escalpelamento e a presença da dor está relacionada com as dores de cabeça. Com isso, a prática clínica e os estudos científicos precisam incluir perspectivas para avaliar as severidades dos individuos acometidos pelas cefaléias em especial as vitímas do escalpelamento, para melhor entender os fatores que relacionados ao aparecimento do sintoma e as possibilidades terapêuticas.