DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE EM MACAPÁ-AP, 2013-2015

Autores

  • Edilene de Nazaré Monteiro GOMES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Carina Sena FIGUEIREDO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Maggy Atsuko Vilhena GONÇALVES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Nayara Halanna Melo CAPELARI Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Maycon Sousa PEGORARI Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Hanseníase, Medidas em Epidemiologia, Sistemas de Informação em Saúde.

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território brasileiro e sua investigação é obrigatória; e quando há confirmação dos casos, é realizado o preenchimento da ficha de notificação para o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), tanto na rede pública quanto na rede privada. Essa notificação, auxiliou na diminuição dos índices de prevalência no país, que caiu de 19,5 a cada 10.000 habitantes em 1990, para 1,01 a cada 10.000 em 2015, segundo dados registrados no SINAN. Dentro da região Norte, no ano de 2015, a taxa de detecção, que foi de 91,9 e obteve-se um índice de cura de 74,7, esse valor altera quando se trata do Estado do Amapá, pois, a taxa de cura é de 83,49, mesmo assim, ela é classificada como mediana. No mesmo ano no Estado, a taxa de detecção geral é de 14,22 a cada 100.000 habitantes, frente aos 14,07 de detecção geral no país; já a prevalência, é de 1,06 a cada 10.000 habitantes Objetivo: Analisar o número de casos novos de pacientes hansenianos no período de 2013 a 2015 no Município de Macapá. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico descritivo, realizado com dados dos casos de hanseníase notificados na base de dados do SINAN do município de Macapá, estado do Amapá, no período de 2013 a 2015. Resultados: No período de 2013 a 2015, foram notificados em Macapá um total de 392 casos de hanseníase, sendo 321casos novos (atendimento por paciente). A maior taxa de incidência ocorrida foi no ano de 2013 (27,9/100.000 hab), com uma diminuição de 26,2% na incidência de hanseníase em 2015 no município. Nesse mesmo período, dos 321 novos casos notificados, o maior percentual dos casos ocorreu na faixa etária entre 20-34 anos, com 32% dos casos, seguida por 24,3% na faixa de 35-49 anos , 19,9% em 50-64 anos, 8,4% em 65-79 anos , e 13,4% na faixa etária de 1 a 19 anos e apenas 2% ? a 80 anos, onde 62,3% dos novos casos atendidos são homens e 37,7% são mulheres. Conclusão: Apesar da diminuição da incidência do ano de 2013 para 2015, o número de atendimento por pacientes ainda continua alto. Nesse mesmo período, identificamos que a doença acomete mais homens que mulheres, bem como pessoas com idade entre 20 a 34 anos. Vale ressaltar a importância da notificação da doença no SINAN, pois os dados são amplamente utilizados como fonte de informação.