DOR E HÁBITOS OCUPACIONAIS RELACIONADOS À PRÁTICA CLÍNICA EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA

Autores

  • Maria de Jesus Morais SILVA Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Mayanne Gabrielly Rodrigues FERNANDES Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Wellington Júnior de Sousa COSTA Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Tamara Brito CALDAS Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Dorivanda Bahia PINHEIRO Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Franklin dos Santos BARBOSA Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Analizia Pena SILVA Faculdade de Macapá, Macapá, Amapá.
  • Cleuton Braga LANDRE Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Saúde do trabalhador, Engenharia humana, Doenças ocupacionais.

Resumo

Introdução: O desenvolvimento do trabalho contínuo resulta principalmente na diminuição reversível da capacidade orgânica e da degradação qualitativa do trabalho, culminando em desordens músculos esqueléticas. O risco de desenvolver uma LER/DORT, durante a graduação, pode ser elevado na prática odontológica, uma vez que a grade curricular do curso não oferece uma quantidade significativa de tempo no ensino de hábitos ergonomicamente corretos. Objetivo: Investigar a dor e hábitos ocupacionais relacionados à prática clínica em acadêmicos do curso de odontologia da Faculdade de Macapá-FAMA. Metodologia: trata-se de um estudo observacional analítico, descritivo e transversal, com critérios de inclusão: ambos os sexos, alunos em prática clínica, e queriam participar e assinar o termo de consentimento livre esclarecido. Foram 76 acadêmicos com idades entre 19 a 43 anos avaliados. As variáveis de estudo foram: caracterização sociodemográfica, verificação das variáveis indicadoras quanto a exposição das posturas que contribuem para o surgimento de distúrbios osteomioarticulares, por meio do método Rapid Upper Limb Assessment, (RULA). Sendo avaliado os membros superiores, pescoço, costas, braços, antebraços e punhos. Com estratificação de risco aparente, aos que apresentavam pontuações mais altas, entre uma pontuação de 1 a 7. Os dados foram tabulados e analisados pelo software Graph Pad Prism versão 5.03, utilizando-se o teste t de Student. Resultados: Para os dados apresentados em relação à saúde, verificou-se que houve diferença estatisticamente significativa (p<0,001) entre os acadêmicos que sentem dor ou desconforto físico (80,2%; n=61) e os que não sentem dores ou desconforto (19,8%; n=15). A respeito do protocolo de Método Rula, a maior pontuação obtida foi de 7 pontos 80,2% (n=61), seguido das pontuações de 6 pontos 10,5% (n=8), 5 pontos 2,7% (n=2), 4 pontos 3,9% (n=3) e 3 pontos 2,7% (n=2), com nível de significância estatística p<0.001. Após análise estatística, confirmou-se que os acadêmicos adotam posturas biomecanicamente incorretas, movimentos repetitivos, combinados com a vibração gerada pelos equipamentos/instrumentos e a força estática excessiva. Conclusão: Com base nos achados, observou-se que a grande maioria dos acadêmicos adotam posturas de trabalho com pouca mobilidade corporal tornando-a mais fatigante com consequente evolução do quadro álgico. Torna-se necessário medidas corretivas, preventivas, para otimizar as condições do aprendizado.