INFLUÊNCIA DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO ÂMBITO HOSPITALAR: UM INQUÉRITO

Autores

  • Ana Margarida Soares de MEDEIROS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Cássio Lima ESTEVES Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Darlyenne Paes SILVA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Débora Juliana Souza do ROSÁRIO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Stefhanie Taiane Miranda MAIA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Laís Ferreira TAPAJÓS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Ética, Princípios e Fisioterapia.

Resumo

Introdução: A atuação fisioterapêutica além dos conhecimentos técnico-científicos, exige uma formação profissional ética e humanista, pois implica o contato direto com o paciente, seu sofrimento, situações de angústia, que podem gerar dilemas éticos constantes em várias situações e ambientes incluindo o âmbito hospitalar. Objetivo: Identificar a atuação fisioterapêutica mediante princípios éticos, no âmbito hospitalar com profissionais de uma unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: Este estudo consiste em uma análise descritiva, realizada no mês de junho de 2017, por meio de um inquérito aplicado em fisioterapeutas que atuam em um serviço de UTI, num hospital público de Macapá. O questionário semiestruturado foi composto de preenchimento de dados pessoais e profissionais, bem como 8 perguntas relacionadas a princípios éticos. Resultados: Cinco profissionais participaram do estudo, sendo 60% do sexo masculino e 40% do feminino, com média de idade 34,6 ± 5,52 e tempo de atuação de 6,1 ± 2,74 anos. Os resultados do questionário mostraram que 60% dos profissionais já atenderam pacientes com prescrição de tratamento feito por profissional médico e 40% não. 20% encontraram resistência sobre a prescrição de exames, altas e laudos realizados enquanto 60% responderam que poucas vezes sofreram questionamentos de suas condutas por um colega e 40% sofrem com frequência. 20% esclarecem com frequência o usuário, sobre o tratamento e possíveis riscos, visando seu consentimento enquanto 80% não esclarecem. 40% realizam com frequência procedimentos contra a vontade do usuário e 60% realizaram poucas vezes, visando a melhora do usuário. 40% responderam que nunca omitiram ou mentiram sobre a situação clínica do paciente a ele ou colega enquanto 60% poucas vezes. 100% nunca privilegiaram atendimento por motivo sócio-político-econômico-cultural ao usuário e 100% nunca deixaram de atender o usuário por motivos pessoais. Conclusão: Identificou-se com este estudo que a atuação fisioterapêutica neste serviço hospitalar, atende muitos dos princípios éticos investigados neste estudo principalmente de beneficência e justiça, embora muitas situações venham acompanhadas de dilemas éticos-morais, mostrando certa fragilidade quanto ao princípio de autonomia do usuário e profissional.