OFICINAS PARA DORES CRÔNICAS COMO FERRAMENTA PARA O FISIOTERAPEUTA DO NASF

Autores

  • Viviane de Freitas Cardoso FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
  • Vinícius Gustavo Gimenes Turato FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
  • Carolina Rodrigues Bortolatto FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
  • Fernanda Yamachita FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
  • Renilton José Pizzol FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
  • Ana Lucia de Jesus Almeida FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Resumo

INTRODUÇÃO: A busca por superar o atual modelo de assistência, aliado aos objetivos de se aproximar, cada vez mais, da universalidade, integralidade e equidade na atenção à saúde têm favorecido diversas elaborações e proposições práticas. Essas práticas fazem o exercício de adequar a formação profissional à realidade epidemiológica e a nova organização dos sistemas de serviços de saúde. Diante desse cenário na Estratégia de Saúde da Família (ESF), cabe à fisioterapia uma releitura daquilo que fundamentou sua formação e uma análise de sua prática, com vistas a contribuir com essa realidade, provocando mudanças no quadro social e sanitário do país, em consonância com os princípios propostos pelo modelo de vigilância à saúde, em que o fisioterapeuta deve ser inserido em todos os níveis de atenção. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: As oficinas de dores crônicas nasceram da necessidade de pacientes que frequentavam grupos de exercícios terapêuticos, que nas suas singularidades apresentavam dúvidas sobre as disfunções que os incomodavam. Também havia relatos de familiares e amigos que apresentavam alterações semelhantes, mas por problemas de horário e outros compromissos não conseguiam frequentar o atendimento. Inicialmente foram implantadas oficinas em quatro ESF definidas a partir da demanda de cada grupo identificada, por exemplo, pela escolha de uma região corporal de dor identificada pela maioria como problemática. A partir disso, na oficina se trabalhava informações sobre etiologia, causas, principais patologias que afetavam essa região e tratamento. Em relação ao tratamento, buscou-se elaborar informações que reforçassem a diminuição do uso de medicamentos ao orientar a realização de formas de alívio da dor baseadas na termoterapia, alongamento de músculos específicos, exercícios e mudanças de hábitos. Metodologicamente a oficina foi caracterizada por: utilização de material audiovisual e impresso para melhor entendimento e memorização; realização de palestra participativa onde os questionamentos dos participantes provocavam troca de saberes; elaboração de uma aula prática de exercícios após o debate mais teórico. As oficinas foram realizadas uma vez ao mês com duração média de sessenta minutos e participação de 30 indivíduos em media. IMPACTOS: Foi observado aumento da participação dos usuários nos grupos de atividades físicas; relatos de melhora após medidas domiciliares serem empregadas; o relato de diminuição da automedicação e a troca da experiência com vizinhos e familiares até mesmo de outros territórios. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A proposta da oficina permitiu aos participantes compreender sobre suas disfunções e apropriar-se de mais um instrumento para serem atores no processo de busca pela saúde. O trabalho em grupo amplia a disseminação da informação e qualifica a atuação do profissional na atenção primária, local em que muitas vezes a atuação em grupo é mais efetiva quando comparada à realizada individualmente, no modelo assistencial tradicional.