A PREVENÇÃO DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

Autores

  • Fernanda Romaguera UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Glauria Marina Lima Penalber UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Karina Correa Wengerkievicz UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Micheline Henrique Araújo da Luz Koerich UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Resumo

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das causas predominantes de óbito no Brasil e traz consequências para a saúde da população, visto os múltiplos comprometimentos na funcionalidade e qualidade de vida. Os impactos econômicos e sociais podem ser reduzidos com um enfoque preventivo, sendo esta uma prática preconizada na atenção básica e que requer medidas de natureza multiprofissional. Apesar disso, percebe-se que não são claras as ações que as equipes de atenção básica realizam para contribuir com a prevenção do AVE. Objetivo: Descrever as ações de prevenção ao AVE adotadas por profissionais da atenção básica em Florianópolis. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo que consistiu na aplicação de um questionário com os profissionais das equipes Saúde da Família (eSF) (n = 117) e do Nasf (n = 62). A seleção dos participantes foi realizada por conveniência e o questionário foi aplicado em formato impresso e eletrônico, de acordo com a preferência dos sujeitos. Os dados foram avaliados por estatística descritiva. Resultados: A taxa de resposta dos questionários foi de 66,8%. Foram encontradas fragilidades no uso de diretrizes clínicas na prática dos profissionais, bem como dificuldade em orientar a redução do uso de álcool e drogas. Observou-se que os profissionais não fragmentam ações de prevenção em condições específicas, tais como hipertensão, mas procuram se concentrar em ações de cuidado integral, tais como incentivo à alimentação saudável, atividade física, cessação do tabagismo e adesão à medicação. Conclusão: Os resultados desse estudo possibilitaram descrever características da prevenção ao AVE na atenção básica, que ainda necessitam ser ampliadas, principalmente em relação às ações voltadas para a redução do uso de álcool e outras drogas. Também se faz importante investir na capacitação de recursos humanos em relação ao uso de diretrizes clínicas em suas práticas, visando ações coordenadas e longitudinais em toda a rede de atenção à saúde.