APRENDIZAGEM DAS HABILIDADES MOTORAS EVOLUÍDAS ATRAVÉS DA ESTIMULAÇÃO DAS PERCEPÇÕES SENSORIAIS EM CRIANÇAS DE TRÊS MESES A DOIS ANOS DE IDADE CRONOLÓGICA COM ATRASO NO DNPM CONSEQUENTE DE DOENÇA NEUROLÓGICA NÃO PROGRESSIVA

Autores

  • Cleide da Câmara Souza UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Newton Almeida Lima Junior UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Álvaro Camilo Dias Faria UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Camille Almeida da Silva UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Lorena Cristina Custódio Pereira UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Michele de Jesus Coelho UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO
  • Caroline da Silva Cavalcante UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO

Resumo

Introdução: O bebê ao nascer não apresenta estratégias e conhecimento prontos para perceber as complexidades dos estímulos ambientais. Essa habilidade se desenvolve com o passar do tempo e com as experiências vividas pela criança através da interação com o mundo e assim aprende a usar seus órgãos sensoriais e a atribuir significado às sensações. Sabendo-se que a inteligência possui bases sensórias e motoras, o desenvolvimento da aprendizagem como um todo, vem sendo descrito na literatura, através da percepção sensorial que permite no conjunto o resultado final como forma de ganho de habilidades motoras evoluídas. Objetivo: Identificar os benefícios da estimulação das percepções sensoriais, em crianças com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor consequente de doença neurológica não progressiva com três meses a dois anos de idade cronológica, para a aprendizagem das habilidades motoras evoluídas. Metodologia: As atividades de intervenção da fisioterapia integrada à estimulação das percepções sensoriais foram realizadas na Policlínica de Duque de Caxias - PDC, no Núcleo de Estimulação precoce - NEP, durante os meses de abril/maio/junho de 2018,( Primeira fase da pesquisa ) em espaço reservado, decorado e equipado, como projeto piloto. A sala é composta com materiais para estimulação tátil como caixa de texturas, com objetos como: pincéis, escovinhas, esponjas, álcool, talco, geleca, sementes variadas, piscina com bolas de plástico coloridas, brinquedos texturados, balanço, bola suíça e rede de casal pendurada no teto, fitas coloridas, papel celofane, potes coloridos, instrumentos infantis sonoros e ventilador pequeno. A amostragem do presente estudo foi composta inicialmente por 20 crianças com idades cronológicas de três meses a dois anos, ambas os sexos, com diagnóstico clínico de alguma doença neurológica, do tipo não progressivo, com atraso no desenvolvimento das percepções sensoriais e respectivamente motoras. A princípio, foi feita anamnese e uma avaliação fisioterapêutica específica com investigação para: 1- qualidade tônica, 2- etapas do desenvolvimento sensório motor e 3- persistências das atividades reflexas presente. Após avaliação, as atividades foram realizadas em grupos de três crianças cada qual com um acadêmico de fisioterapia, com o tempo de 40 minutos por grupo, 2x na semana, durante três meses consecutivos, utilizando-se estimulação das percepções sensoriais com os recursos materiais já citados. Resultados: Após três meses de atividade, foi realizada nova avaliação seguindo o mesmo critério anterior, onde se observou que as crianças apresentaram resposta favorável das percepções sensoriais refletindo em melhor qualidade tônica, com motricidade mais espontânea, estando mais atentas ao ambiente, respondendo melhor aos comandos verbais e as atividades lúdicas, necessitando dar continuidade ao processo para melhor evolução e resultado. Conclusão: Percebe-se pelos resultados obtidos nesta primeira fase da pesquisa, que a criança com doenças neurológicas não progressivas com idades de três meses a dois anos necessitam vivenciar experiências através da interação com o mundo para aprender a usar seus órgãos sensoriais e a atribuir significado às sensações para mais facilmente desenvolverem a capacidade de aprendizagem das habilidades motoras evoluídas.