AUTO-PERCEPÇÃO DE SAÚDE E HISTÓRICO DE SAÚDE DE IDOSOS ASSISTIDOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Maria Carolina Pereira ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Alaércia de Melo Recla ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Rafaela Guio Suzana ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: Sabe-se que a população brasileira vem envelhecendo aceleradamente, e, portanto, muitas políticas vêm sendo criadas para atender à esta população. A articulação do Sistema de Saúde com a pessoa idosa é feita através da Estratégia de Saúde da Família, que oferece um suporte generalizado ao idoso e sua família. O histórico de saúde do idoso é de extrema importância para identificar, prever e corrigir possíveis alterações físicas e psíquicas. Objetivo: Comparar a auto percepção de saúde e o histórico de saúde de idosos assistidos por uma Unidade de Saúde da Família de Vitória-ES. Metodologia: Procedeu-se um estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória. Foi selecionada uma amostra probabilística aleatória composta por 105 idosos que foram submetidos a entrevista semiestruturada e avaliações de saúde, entre abril e junho 2018. Foram coletadas variáveis para caracterização do perfil (sexo, idade, escolaridade e raça); a autopercepção de saúde foi avaliada através das alternativas Ótima/boa", "Regular", "Ruim/Péssima" e o histórico de saúde foi avaliado através de dados como quantidade de doenças crônicas, histórico de quedas e internações, prática atividades físicas e de lazer e a quantidade de medicamentos diários. A análise dos dados deu-se de forma descritiva com frequência e porcentagem." Resultados: Os idosos entrevistados a maioria são mulheres, de baixa escolaridade e autodeclarados pardos. Na análise entre os grupos, foi observado similaridades entre aqueles que autoavaliaram a saúde como ótimo/bom e regular, onde a maior parte relatou ter doenças crônicas (89% vs. 90%), sendo que a maioria tem até 2 doenças (69% vs. 73%), apresentam histórico de internações hospitalares (70% vs. 68%) e quedas (55% vs. 56%), e não são praticantes de atividades físicas (72% vs. 73%), mas realizam atividades de lazer (64% vs. 59%), além disso, a maioria dos idosos analisados relataram fazer o uso de 2 a 4 medicamentos diários (45% vs. 49%). Com relação ao grupo que autorrelatou a saúde como ruim/péssima, as diferenças encontradas aos dados citados anteriormente foram: a maioria relata ter 3 doenças crônicas (37%), e fazem uso de mais de 5 medicamentos diariamente (82%). Conclusão: A maior parte dos idosos consideram sua saúde como ótima/boa, mesmo possuindo doenças crônicas associadas, internações hospitalares e quedas, o que pode ser justificado pela baixa prática de atividades físicas. Talvez a autopercepção de saúde como ótima/boa, apesar do histórico de saúde ruim, seja justificada pela prática de atividades de lazer, também praticada pelos idosos. Essa realidade nos leva a pensar que a atenção dedicada à saúde da pessoa idosa deve ser reforçada, visando um envelhecimento digno e saudável e estimulando uma vida mais ativa aos longevos, visto que a atividade física proporciona a prevenção de doenças e o melhor funcionamento sistêmico do corpo. Compreendemos, portanto, a relevância dessa temática na agenda de planejamento das intervenções em saúde da pessoa idosa.