DESCRIÇÃO DO PERFIL DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM VITÓRIA - ES

Autores

  • Rafaela Guio Suzana ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Alaércia de Melo Recla ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Maria Carolina Pereira e Silva ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: O envelhecimento da população é um fato importante e precisa de atenção da sociedade. Simultaneamente a essa trajetória, o aparecimento de doenças é notório e preocupante, já que pode estar presente em vários âmbitos, sejam eles cognitivos, físicos e sociais. Por conseguinte, podem acarretar restrições de autonomia e de convívios familiar e coletivo. Nesse sentido, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) propicia atenção a esses idosos e seus familiares/cuidadores, visto que todos precisam de orientações, apoio e informações de profissionais capacitados. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e econômico de idosos assistidos por uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família em Vitória - ES. Metodologia: Procedeu-se um estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória - ES. Foi selecionada uma amostra probabilística aleatória composta por 97 idosos (idade maior ou igual a 60 anos). Foram coletadas variáveis para caracterização do perfil (sexo, idade, etnia, escolaridade, situação conjugal e ocupação, se mora sozinho, se tem apoio, se sai de casa sozinho, renda, atividade física, quantidade de medicamentos diários e doenças crônicas). Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados: Dos idosos entrevistados, 58% eram mulheres, com 70,4 ± 7,86 anos; 46% se declaram pardos e 51% casados; 65% apresentavam baixa escolaridade (< 4 anos). Noventa e seis por cento disseram não morar sozinhos; 90% declararam ter apoio social (familiar ou vizinhos/amigos); 73% relataram sair de casa sozinhos. Relativo à renda e ocupação, 55% recebiam menor ou igual a 1 salário mínimo e 64% eram aposentados. Referente à atividade física 73% declararam não praticar atividades físicas. As doenças crônicas foram referidas por 87% e destes 51% possuem entre 2 e 3 doenças crônicas. Com relação à medicação, 43% fazem uso de 2 a 4 medicamentos diários. Conclusão: O perfil detectado foi em sua maioria caracterizado por mulheres, 70 anos aproximadamente, pardas, com filhos, casadas, com menos de 4 anos de escolaridade, aposentadas, que recebem menos que 1 salário mínimo mensal, não moram sozinhas, não fazem atividade física, usam entre 2 e 4 medicamentos, possuem apoio familiar, saem de casa sem ajuda, apresentam 2 doenças crônicas e minoria dependente de cuidadores. Entretanto notou-se que a grande maioria não faz atividade física, possuem 2 doenças crônicas e utilizam entre 2 e 4 medicamentos. Isso revela o quanto o envelhecimento saudável e ativo está comprometido. Portanto, é de extrema importância a inclusão desses tópicos na agenda de planejamento das intervenções em saúde da pessoa idosa sendo necessárias ações mais efetivas que incentivem a melhoria da qualidade de vida desse extrato populacional