FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ENTRE MULHERES DE 40 A 69 ANOS ATENDIDAS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM NOVA ANDRADINA/MS

Autores

  • Rubiana Gambarim da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL -UFMS
  • Adriane Pires Batiston UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL -UFMS

Resumo

Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem-se como um importante problema de saúde pública no Brasil, especialmente por contribuírem para o aumento da carga de doenças, aumentando os indicadores de morbidade e mortalidade. Na população feminina, o câncer de mama é uma das DCNT de maior importância e embora sua etiologia não seja totalmente esclarecida, a redução dos fatores de risco pode diminuir as chances de desenvolvimento da doença. Os fatores de risco comportamentais (tabagismo, alimentação, inatividade física, obesidade, consumo de álcool e outras drogas) são modificáveis e o fisioterapeuta como profissional da saúde, deve desenvolver ações que auxiliem na adoção de hábitos de vida saudáveis. Objetivo: Investigar a frequência de fatores de risco comportamentais para DCNT entre mulheres atendidas pela Estratégia de Saúde da Família em Nova Andradina/MS. Metodologia: Estudo seccional, com 393 mulheres entre 40 e 69 anos cadastradas na Estratégia Saúde da Família. As mulheres foram entrevistadas em sua residência para responder a um formulário estruturado contendo questões sobre variáveis sócio-demográficas, hábitos de vida e acesso a serviços e ações de saúde. Os dados foram analisados por estatística descritiva. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Resultados: A idade média das entrevistadas foi de 54,00±0,39 anos (média±erro padrão da média). Quanto aos hábitos de vida, a maior parte das mulheres deste estudo não praticava atividade física (80,2%), não fazia uso de bebidas alcoólicas (90,3% ) e não era tabagista (72,5%). O peso médio das mulheres era de 71,08±0,78 quilogramas, a altura média delas foi de 159,03±0,40 centímetros e o IMC foi de 27,70±0,34. Grande parte das mulheres avaliadas neste estudo apresentava sobrepeso ou obesidade (59,0%). Conclusão: Os resultados demostram uma alta frequência de inatividade física e consequentemente de sobrepeso e obesidade. A prática regular de atividade físico é de suma importância para promoção da saúde e prevenção de doenças. O fisioterapeuta tem um papel importante na condução de ações individuais e coletivas com vistas a promover a saúde da população, especialmente no âmbito da atenção primária à saúde. Os fatores de risco identificados e sua prevenção devem ser considerados nas estratégias de promoção da saúde e de planejamento das intervenções do fisioterapeuta e de toda a equipe de saúde.