FISIOTERAPIA CONVENCIONAL NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA

Autores

  • Dalger Eugênio Melotti ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Suelen Luiza Andrade ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Henrique Simon ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Adenilson Luppi ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Lucia Helena Sagrillo Pimassoni ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Fabíola dos Santos Dornellas ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A população idosa no Brasil vem aumentando gradativamente e é esperado que em 2050, no mundo, um quinto da população seja constituído de idosos. O envelhecimento é caracterizado por um processo de modificações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que ocorrem de forma progressiva e dinâmica. Tais transformações podem proporcionar aos idosos, alterações hemodinâmicas, como o aumento dos níveis de Pressão Arterial (PA) e Frequência Cardíaca (FC) e interferir na qualidade de vida dos mesmos. Estudos apontam que a atividade física, feita de forma regular, influencia positivamente na saúde e na prevenção de episódios cardiovasculares. A fisioterapia convencional tem exercido um papel importante na conservação do estado de saúde funcional dos idosos. Objetivo: Analisar a influência da fisioterapia convencional no controle da PA e FC de idosos participantes de um grupo de atividade física de uma clínica escola de fisioterapia em Vitória - ES. Metodologia: Estudo observacional, retrospectivo, com busca de dados em prontuários e registro de informações sobre os aspectos epidemiológicos e clínicos. A amostra foi composta por 33 idosos, que realizaram fisioterapia convencional de forma ininterrupta, por um período de 5 meses, entre os anos de 2014 e 2016. As informações sobre a hemodinâmica dos idosos (PA e FC) foram coletadas dos prontuários no momento de início e de término do período de 5 meses de atividade física; além disso, as variáveis foram coletadas também ao início e ao término de cada sessão fisioterapêutica. Resultados: A maioria dos idosos era do sexo feminino, com média de idade de 72 ± 7 anos; com 63,6% dos indivíduos diagnosticados hipertensos, em tratamento medicamentoso de forma regular. As sessões de fisioterapia consistiam em exercícios resistidos, alongamento, circuito funcional e dança; sendo realizadas 3 vezes por semana, com duração de aproximadamente 40 minutos. A comparação da pressão arterial sistólica e também diastólica entre o primeiro e o quinto mês, tanto antes quanto após as sessões de fisioterapia, indicou não haver diferença significativa entre os valores mensurados (p > 0,05). Além disso, a mediana das pressões avaliadas no estudo foi de 119,17/72,50 mmHg. A comparação da frequência cardíaca entre o primeiro e o quinto mês da intervenção fisioterapêutica, também não apresentou diferença estatisticamente significativa; já ao compará-la no início e ao final de cada sessão, resultou em um aumento significativo e instantâneo dos níveis de FC imediatamente após a atividade (p < 0,05); porém, a mediana das FC's avaliadas foi de 75,17 bpm. Conclusão: Não consideramos que o aumento da FC observado resultou em alteração maléfica para os idosos, pois os mesmos realizaram de forma regular suas atividades, não necessitando de interrupção. Entendemos que o aumento da FC deve ser monitorado, mas faz parte de uma resposta adaptativa cardiovascular, podendo se modificar com o tempo de atividade física, intensidade e condicionamento do indivíduo. Além disso, foi possível identificar que a fisioterapia realizada de forma regular, em associação ao tratamento medicamentoso, proporcionou a manutenção da pressão arterial dos idosos.