INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA FORÇA DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA DO IDOSO

Autores

  • Hermando Roberto Paulo Santos Campos ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Rangel Souza Krull ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Lucia Helena Sagrillo Pimassoni ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Fabíola dos Santos Dornellas Oliveira ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Dalger Eugênio Melotti ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Aryadne Delatorri Barros ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Larissa da Silva Koppe ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: O processo de envelhecimento provoca no corpo uma sequência de alterações fisiológicas degenerativas, que tendem a se iniciar ao final da terceira década de vida, mas que se evidenciam no idoso. Geralmente são discretas e progressivas, não causando insuficiência absoluta em nenhum órgão ou sistema. No sistema respiratório, pode ser observado com o envelhecimento, um aumento da rigidez da caixa torácica, devido alterações no tecido conjuntivo e fusão das articulações sinoviais entre o esterno e as cartilagens costais, que levam a uma redução dos componentes elásticos do pulmão e do tórax. A redução da complacência influencia na mecânica e na força muscular respiratória, levando a alterações nos volumes e capacidades pulmonares, com consequente redução das trocas gasosas e oxigenação tecidual. Tais mudanças na função pulmonar podem afetar o desempenho físico do idoso e serem geradoras de complicações respiratórias. A identificação da fraqueza muscular respiratória nos idosos pode acontecer através do procedimento de manovacuometria, com a medição das pressões inspiratórias (Pimáx) e expiratórias (Pemáx) máximas. Identificar precocemente as alterações na função respiratória se faz importante, para melhor rastreamento e entendimento das mudanças fisiológicas que idosos vivenciarão e que poderão estar associadas ao aumento da morbidade e mortalidade desse grupo populacional. Objetivo: Avaliar o nível de força muscular respiratória de idosos antes e depois de um período de atividade física global. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional de coorte prospectivo, em que foram avaliados 20 idosos ativos que realizaram fisioterapia convencional de forma ininterrupta, por um período de 5 meses, entre o período de agosto de 2017 a dezembro de 2017. As sessões de fisioterapia consistiam em exercícios resistidos, alongamento, circuito funcional e dança; sendo realizadas 3 vezes por semana, com duração de aproximadamente 40 minutos. A mensuração da força muscular respiratória aconteceu através da manovacuometria ao início e ao final do período de atividade física a que os idosos foram submetidos. Os dados foram coletados através de ficha de avaliação elaborada pelos pesquisadores, contendo informações dos idosos e os valores mensurados de força muscular respiratória. Resultados: A maioria dos idosos foi do sexo feminino (75%), de etnia branca (40%), casados (55%), residentes em Vitória - ES (75%) e com ensino fundamental completo (65%). O índice de massa corporal identificado (IMC) foi de 27,08 ± 4,13, caracterizando uma amostra média de idosos com sobrepeso. A Pimáx avaliada no início do período de atividade foi de -46 cmH2O ± 18 cmH2O e após de -58 cmH2O ± 18 cmH2O, com p = 0,003. Já a Pemáx avaliada no início foi de 53 cmH2O ± 33 cmH2O e após foi de 68 cmH2O ± 22 cmH2O, com p = 0,02. A mensuração dos valores de Pimáx e Pemáx, antes e após o período de treino mostrou variação positivamente significante. Conclusão: Concluímos então, que a prática de atividade física regular interfere positivamente na função pulmonar, em especial na força muscular respiratória dos idosos.