INFLUÊNCIA DA DANÇA NA CAPACIDADE FUNCIONAL E INDEPENDÊNCIA NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIAS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

Autores

  • Eduardo Duarte Machado ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Marcella Dias Mazolini Mendes ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Mayane Fiorot Simoni ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Mariângela Braga Pereira Nielsen ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A dança é uma atividade física que apesar de se expressar através da arte, permite que o movimento corporal imposto por ela, crie um diálogo entre as pessoas, indo além das barreiras da comunicação. Através dela a pessoa tem a oportunidade de entrar em contato consigo mesma, reconhecendo seus potenciais e desafios. Entre os benefícios da dança encontra-se o melhor desenvolvimento da consciência da imagem corporal, favorecendo a construção da autoimagem, da autoestima e do autoconhecimento do corpo. A dança sobre rodas é uma alternativa de vivências corporais que serve de estímulo para as crianças com deficiência, esta modalidade é uma nova forma de compreender o movimento concebendo ao sujeito com deficiência a oportunidade de deixar de ser uma pessoa com dificuldades motoras, do ponto de vista do seu corpo, para ser uma pessoa que expressa com gestos criativos, uma nova visão de realidade interior e exterior. Objetivo: Verificar a influência da dança na capacidade funcional e independência nas atividades de vida diárias de crianças e adolescentes com deficiência física. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso com 8 crianças e adolescentes com deficiência física, entre 05 a 18 anos de idade, participantes do Projeto de Extensão Rodopios e Piruetas de uma Clínica Escola de Fisioterapia. Para caracterizar o perfil foram coletadas informações quanto: idade, sexo, diagnóstico clínico, local de moradia, escola, internações hospitalares e procedimentos cirúrgicos. A avaliação da capacidade funcional foi realizada através da escala Medida de Função Motora Grossa (GMFM), para avaliar a independência nas atividades de vida diárias foram utilizadas as escalas Medida de Independência Funcional (MIF) e Medida de Independência Funcional para crianças (WeeFIM) adaptada, para as crianças com idade inferior a 7 anos. As avaliações foram realizadas no início do projeto e após 4 meses de treinamento. O protocolo de treinamento foi realizado uma vez por semana, com duração de duas horas. Resultados: O sexo feminino foi o mais frequente (87,5%), 62,5% das crianças apresentava paralisia cerebral e 3 crianças tinham menos de 7 anos. Das 8 crianças, 87,5% já passaram por internações hospitalares e 50% já sofreram de 1 a 6 intervenções cirúrgicas. Todas moram em casa e com pelo menos um dos pais, sendo que 7, estudam e estão matriculadas em turmas regulares. Verificou-se evolução na capacidade motora em relação a todas as crianças com o ganho de 1.91 a 9.8% na GMFM. Na escala WeeFIM das 3 crianças avaliadas uma apresentou uma evolução de 12 pontos, sendo mais expressiva no domínio de auto-cuidado, enquanto as outras 2 crianças mantiveram o seu score. Já na FIM todas as crianças obtiveram resultados positivos em pelo menos um de seus domínios, sendo que autocuidado apresentou uma maior evolução, com diferença de 2 a 11 pontos entre as avaliações. Conclusão: A dança inclusiva exerce influência positiva na capacidade funcional e independência nas atividades de vida diárias de crianças e adolescentes com deficiência física, permitindo uma maior autonomia.