SAÚDE NA ESCOLA: DEBATENDO A DEFICIÊNCIA NUMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Autores

  • Jeane Constantino Pereira UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
  • Yokiny De Araújo Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
  • Ingrid de Almeida Becerra Pérez UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
  • Dailton Alencar Lucas de Lacerda UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

Resumo

INTRODUÇÃO: Atualmente, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo colocadas à margem das comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho e esse processo é tão antigo quanto a socialização do homem. A escola, parceira dos pais na educação dos filhos nem sempre possui o suporte adequado para trabalhar a deficiência, bem como para promover uma educação inclusiva de qualidade para todos. Diante desse contexto, a educação em saúde norteada pelos fundamentos da educação popular se mostra uma ferramenta importante para aproximar os alunos desse tema, numa perspectiva de autonomia, respeito e conscientização acerca dos direitos, deveres e as formas de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Visando promover a educação em saúde diante de uma necessidade real da Escola Tharsilla Barbosa situada no bairro do Grotão, zona sul do município de João Pessoa, os acadêmicos do Estágio II em Saúde Coletiva do curso de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba desenvolveram o tema a violência como causa de deficiência por meio de quatro encontros com duas turmas do ensino fundamental de aproximadamente 25 alunos da referida escola. O objetivo era que no último encontro, os alunos apresentassem o produto do que aprenderam durante o processo denominado culminância. Os recursos metodológicos utilizados foram: peça teatral, abordadando a temática de forma dinâmica, rodas de conversas, exibição de vídeos, palestra da assistente social da escola acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente e demonstração da atuação da Fisioterapia na pessoa com deficiência. IMPACTOS: Ao longo dos encontros, os estudantes eram estimulados a interagir trocando experiências, fazendo perguntas e participando de forma ativa das dinâmicas. No penúltimo encontro, os acadêmicos ajudaram os alunos na preparação de uma peça teatral que seria apresentada para todos no final, bem como elaboração de brincadeiras para uma gincana temática. No dia da culminância todos os alunos e funcionários da escola estavam presentes e os alunos que participaram dos encontros puderam demonstrar aquilo que aprenderam. Além disso, houve uma apresentação de dança dos parceiros da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE e ao término, um atleta cadeirante atendido pela Fisioterapia deu o seu depoimento para todos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Debater a deficiência ainda é um desafio para a sociedade, contudo, a articulação entre ensino-serviço-comunidade instrumentaliza os profissionais para superar essas barreiras de acordo com as necessidades do SUS. A criação de vínculos entre equipe de saúde, acadêmicos e escola foi fortalecida ao longo da experiência e a educação permanente em saúde, peça-chave para a formação continuada foi vivenciada pelos estudantes, o que contribuiu para os moldes do futuro perfil profissional dos envolvidos.