O PAPEL DO ESPORTE ADAPTADO NA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE INDÍVIDUOS USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS

Autores

  • Roberta Ribeiro Batista Barbosa ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Roberta Marchiori de Souza ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Thaina Silva Teixeira ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Thais Ferreira Salomão ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Morghana Ferreira Ambrosim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Taynara Ribeiro Batalha ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Christiane Lourenço Mota ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Giovana Machado Souza Simões ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA

Resumo

Introdução: O confinamento a cadeira de rodas influencia o tônus muscular do tronco, afetando negativamente a função pulmonar, pois exige o uso dos mesmos músculos para realizar funções respiratórias e para manter tal postura. Há evidências que a prática do exercício físico é importante para otimizar a recuperação, bem como minimizar complicações secundárias, através da manutenção da mobilidade articular, aumento da resistência aeróbia e força muscular. Além de promover benefícios físicos, a atividade física promove benefícios psicossociais, como aumento da autoestima, alívio do estresse, bem-estar, manutenção da autonomia e redução da depressão. Objetivo: Avaliar a força dos músculos respiratórios de indivíduos cadeirantes atletas e não atletas Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, onde foram incluídos indivíduos com diagnóstico confirmado de lesão medular independente de causa e nível de lesão, com idade superior a 18 anos, que estavam cadastrados entre o período de janeiro de 2012 a dezembro de 2017, no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo - CREFES, situado no município de Vila Velha - ES. Os participantes foram divididos em grupo praticante de esportes (acima de 6 meses) e grupo controle, os indivíduos que não praticavam esportes, considerados como não atletas. A classificação da lesão da medula espinhal, quanto ao nível e extensão da lesão, foi de acordo com os critérios da American Spinal Injury Association.Para obter os valores da força muscular respiratória, utilizou-se a análise das pressões inspiratórias (PImáx) e expiratórias (PEmáx) através da manovacuometria. A análise estatística foi realizada no programa SPSS versão 22 sendo que as variáveis quantitativas foram apresentadas por meio de medidas de resumo de dados como média, mediana (mínima e máxima) e desvio padrão. A comparação entre os grupos foi testada utilizando o teste de Mann-Whitney e a correlação entre as variáveis numéricas foi realizada através do coeficiente de correlação de Spearman, sendo considerados níveis de significância p<0,05. Resultados: Participaram do estudo 30 indivíduos, sendo 15 classificados como não atletas (grupo controle) e 15 como atletas. O tempo de cadeira de rodas foi maior no grupo atleta, sendo para este grupo o tempo máximo de 367 meses e 264 meses para o grupo não atleta. Quanto ao nível da lesão, 53,3% apresentaram nível de lesão alta e 46,7% lesão baixa em ambos os grupos. A força muscular expiratória foi maior no grupo atleta do que no grupo controle (120 mmHg vs 60 mmHg, respectivamente), assim, como a diferença da PEmáx predita menos a obtida (p<0,05). Não foram encontradas diferenças significativas para as medidas de pressão inspiratória máxima, porém ao correlacionarmos o tempo de prática de esportes, encontramos uma correlação negativa e moderada (r= -0,5, p=0,05). Conclusão: Os achados deste estudo demonstra que a prática esportiva influencia na força muscular respiratória, e proporciona um melhor condicionamento respiratório independente do nível de lesão medular, o que contribui para qualidade de vida e funcionalidade de pessoas com deficiência física, promovendo a prevenção de doenças e a manutenção da saúde.