PERFIL DE IDOSOS ASSOCIADOS A ATIVIDADES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Alaércia de Melo Recla ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Maria Carolina Pereira e Silva ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Rafaela Guio Suzana ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE a população brasileira vem envelhecendo aceleradamente nos últimos decenários. A atual política de saúde do idoso preconiza que a articulação entre o setor de saúde e o indivíduo idoso deve ser feito através da Estratégia Saúde da Família (ESF), e no que se refere à saúde da população idosa, vem ocorrendo no país à implementação de programas voltados ao envelhecimento ativo nas próprias unidades de saúde. Por meio destes programas, medidas promocionais de proteção específica, identificação precoce dos agravos de saúde mais frequentes e sua intervenção, bem como medidas de reabilitação voltadas para evitar a separação do idoso do convívio familiar e social. Dessa forma, desassocia-se a ideia de que a atenção à saúde está diretamente relacionada com doenças crônicas e tratamentos dispendiosos. Objetivo: Conhecer os motivos da não participação de idosos em atividades desenvolvidas por uma Unidade de Saúde da Família (USF). Metodologia: Procedeu-se um estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma USF de Vitória. Foi selecionada uma amostra aleatória composta por 139 idosos (idade ? 60 anos). Foram coletadas variáveis para caracterização do perfil (sexo, idade) e, se sai de casa sozinho e a participação de atividades desenvolvidas pela USF. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados: Quanto ao perfil identificado nas amostras pesquisadas, encontramos em linhas gerais uma população feminina (63%), com idade média de 70,8 ± 7,8 anos, onde 83% relatam não participar de atividades desenvolvidas pela USF e 23% alegam não saírem de casa desacompanhados. Na coleta de dados havia a pergunta aberta sobre o motivo do idoso não participar de tais atividades e dentre as razões citadas relataram distância da unidade de saúde, falta de interesse, horários incompatíveis, dores em geral, fraqueza ou algum tipo de deficiência física, timidez, falta de conhecimento, entre outras. Boa parte faz alusão a falta de acompanhante no momento de atividade e que não pode ou não gosta de sair por causa da idade ou problemas relacionados à saúde. Conclusão: A unidade de saúde em estudo desenvolve ações voltadas para grupos de idosos com hipertensão - HIPERDIA, atividades de artesanato, grupo da terceira idade, atenção à pessoa com depressão, além da pratica da fisioterapia em grupo permitindo a interação social. É alarmante inferir que mais da metade dos idosos da amostra não participam das dinâmicas desenvolvidas na USF posto que a população brasileira está alcançando maior expectativa de vida resultante da busca por maneiras de envelhecer com maior qualidade. Assim sendo, a procura por atividades que proporcionem bem-estar estando relacionadas ao cuidado com a saúde física/mental careceria de aumento entre os longevos. Dessa forma, a motivação pela busca em ações com ênfase na promoção de saúde e prevenção de doenças deveria estar relacionada a um dos grandes medos entre os que envelhecem que é desenvolver patologias capazes de afetar a autonomia e a independência.