PROCESSO DE TRABALHO DA EQUIPE INTERPROFISSIONAL NO CUIDADO: UM ESTUDO EM PESSOAS COM DOENÇA ONCOLÓGICA

Autores

  • Marcio Costa de Souza UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • Raquel Coelho D'avila UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • Rocio Andrea Cornejo Quintana UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

Resumo

Introdução: O cuidar na oncologia implica em lidar com o ser humano em situação de fragilidade, requer uma relação de afetividade. Por conta dessa complexidade, o processo de trabalho em oncologia é fundamentado na equipe interprofissional. O trabalho em equipe apresenta como objetivo a obtenção de impactos positivos sobre os diversos fatores que interferem no processo saúde-doença Objetivo: O objetivo desse estudo é analisar o processo de trabalho realizado pela equipe interprofissional no cuidado em pessoas com doença oncológica Metodologia: O presente estudo caracteriza-se como um trabalho de campo desenvolvido com abordagem qualitativa exploratória realizado em uma enfermaria oncológica do Sistema Único de Saúde (SUS) de um Hospital filantrópico de grande porte . Foi realizada a entrevista semi estruturada como ferramenta e 14 foram o número de participantes da pesquisa definidos por saturação das respostas e todos eram usuários internados há 05 dias ou mais com alguma doença oncológica. A análise de dados foi a de conteúdo. A realização foi mediante a aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia. Resultados: O trabalho em equipe interprofissional é reconhecido como um padrão ouro para a gestão de pessoas com câncer, no que concerne as relações como paciente quanto com a equipe, a mesma aparece como fundamental para a resolutividade do cuidado em saúde. No entanto, historicamente, a organização das profissões da área de saúde, apresenta um processo de institucionalização centrado na medicina como detentora legal do saber, por isso é difícil para os pacientes identificar toda a equipe interprofissional, e muitas vezes considerava todos os profissionais como médicos. vale ressaltar, que alguns doentes relataram a importância dos trabalhadores de saúde que não tem formação para o seu cuidado em saúde, apontando a importância dos trabalhadores da copa, da limpeza e os maqueiros, o que aponta para uma dimensão do cuidado alem do tecnicismo normalmente exaltado. Conclusão: Diante dos resultados, percebemos que há uma percepção dos usuários sobre a importância da equipe interprofissional, mesmo quando não são reconhecidos o papel individual, ou até mesmo sobre escrito pelo profissional médico, além de apontar os trabalhadores de saúde sem formação específica como produtores do cuidado em saúde.