RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS QUE RESIDEM EM UMA COMUNIDADE DE VITÓRIA-ES

Autores

  • Bruna Zanchetta de Queiroz ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Thaina Oliveira Coelho ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: Na década de 60, o grupo populacional com idade acima de 60 anos, foi o que mais cresceu no Brasil, ou seja, a população está envelhecendo mais. O processo de envelhecimento, naturalmente causam alterações físicas e funcionais ao indivíduo, porém o impacto socioeconômico causado pelas quedas nos idosos se faz presente devido aos aumentos dos custos gerados com os cuidados de saúde pela utilização de vários serviços especializados e aumento das hospitalizações. Quedas e instabilidade postural fazem parte dos componentes das síndromes geriátricas que englobam as mudanças de saúde mais comuns nos idosos. Objetivo: Traçar o perfil sócio demográfico e determinar o nível de risco de quedas em idosos que residem em uma comunidade de Vitória-ES. Metodologia: Procedeu-se um estudo quantitativo do tipo transversal com idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória. Foi selecionada uma amostra probabilística aleatória composta por 133 idosos que foram submetidos a entrevista semiestruturada e avaliações de saúde, entre abril e junho 2018. Foram coletadas variáveis para caracterização do perfil (sexo, idade, ocupação, se mora sozinho, se tem apoio, se sai de casa sozinho, histórico de quedas, morbidades e polifarmacia); o risco de quedas foi avaliado através do Teste de Equilíbrio e Marcha - TINETTI, que classificou os idosos em três grupos: com alto risco de quedas, com médio risco de quedas e com baixo risco de quedas, os pontos de corte utilizados para esta divisão seguiu a classificação proposta por Tinetti em 1986. A análise dos dados deu-se de forma descritiva com medidas de resumo de dados como frequências, médias e desvio padrão. Resultados: Dos 133 idosos entrevistados a maioria eram mulheres (62%), com idade média de 69±7,45, aposentadas (64%), convivendo com cuidadores (22%), que não moram sozinho (66%) e possuem apoio familiar/social em caso de necessidade (91%) e que saem de casa sozinhos (80%). Metade da amostra apresentam histórico de quedas, 87% apresentam morbidades, como hipertensão, diabetes e/ou outras e 36% apresentam polifarmacia. A pontuação média da Escala de Tinetti foi de 23,2±4,9 e na divisão dos domínios, a média do Tinetti Equilíbrio foi de 13,6±2,8 e do TINETTI Marcha foi de 9,5±2,6. Na segregação dos grupos 47% dos idosos apresentaram baixo risco de quedas, 33% apresentaram médio risco e 20% apresentaram alto risco de quedas. Conclusão: Foi percebido que em linhas gerais o perfil dos idosos estudados se assemelha ao descrito na literatura, e quanto ao risco de quedas, a maioria da população estudada apresenta de médio à alto risco de quedas. Tal análise nos indica a necessidade da realização de medidas que trabalhem a marcha e o equilíbrio dessa população, com o intuito de reduzir os riscos intrínsecos de quedas, especialmente ao se considerar as características físicas e estruturais da comunidade, que dificultam a deambulação em razão de declives e escadarias, representando individualmente riscos extrínsecos para quedas. Dessa forma, entendemos que esta temática deve ser levada em consideração ao se elaborar planos de ação para esta população.