USO DO WHODAS 2.0 PARA O PROCESSO DE REABILITAÇÃO NA REDE PÚBLICA

Autores

  • Lilian de Fátima Dornelas PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA
  • Ludimila de Souza Martins PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA

Resumo

Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma abordagem multidimensional, oferecendo uma figura mais ampla da realidade vivenciada pelos indivíduos. Aliado a este modelo, o Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza a integralidade do cuidado e orienta profissionais da saúde na promoção de ações integrais. O uso de triagem pelos profissionais de saúde que funcione como filtro para melhor direcionamento das ações, pode ser um caminho que facilite a concretização dos princípios do SUS e o que é preconizado pela OMS. O WHODAS 2.0 foi elaborado pela OMS para avaliar a saúde e deficiência, e dentre os vários objetivos estão a identificação de necessidades e o estabelecimento de prioridades. Objetivo: Descrever o uso do WHODAS 2.0 no processo de reabilitação na rede pública em Uberlândia/MG. Metodologia: Foi realizado a aplicação do WHODAS 2.0 (versão 36), por meio de entrevista, com todos os pacientes com lesões neuromúsculoesqueléticas ou seus cuidadores, encaminhados para o processo de reabilitação no Centro Especializado em Reabilitação III (CER III). A aplicação foi proposta como porta de entrada" para o conhecimento das demandas do paciente, associado ao direcionamento para avaliação multiprofissional ou pontual na Instituição, os meses de abril e maio de 2018. Resultados: 47 pacientes foram admitidos neste período. O escore médio de incapacidade entre eles foi de 56,1 (±19,2) e os escores médio dos domínios de vida, cognição, mobilidade, autocuidado, relações interpessoais, atividades de vida e participação social foram: 55,3 (±29,7), 71,5 (±25), 64,2 (±27), 38,5 (±28,8), 40 (±16), 67,3 (±20), respectivamente. A maior parte dos pacientes (37; 70,2%) foi encaminhada para avaliação multiprofissional. Conclusão: O WHODAS 2.0 é de fácil uso e ajuda na identificação das necessidades do paciente, com base na percepção de sua deficiência. Além disso, a inserção do questionário como triagem no CER III proporciona acolhimento, atendimento humanizado e abordagens interdisciplinares.