ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NAS PESQUISAS EXPERIMENTAIS COM ANIMAIS EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA ÁREA DE SAÚDE

Resumo

Introdução: No ensino e na pesquisa, várias atividades são realizadas utilizando diferentes recursos ambientais, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre determinado assunto. Dentre estas, está o uso de animais para fins de práticas didático-científicas na busca de conhecimentos e de benefícios aos homens e animais. Os modelos experimentais oferecem possibilidades de conhecimento da fisiologia, da etiopatogenia das doenças e da ação de medicamentos que estão diretamente relacionados com a assistência de fisioterapia de qualidade. A utilização desses modelos é fundamental para aperfeiçoar o conhecimento acerca de doenças, tratamentos, do acompanhamento e, muitas vezes, da cura. Objetivo: Identificar a participação de professores e alunos do curso de Fisioterapia em projetos de pesquisa que foram submetidos ao Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA), em um período de 10 anos. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo e documental, que utilizou os arquivos do CEUA de uma Instituição particular de ensino superior da área de saúde do Estado do Espírito Santo, de outubro de 2007 a outubro de 2017. Nesse processo quantificou-se a totalidade de projetos de pesquisa da área de fisioterapia que foram protocolados no Comitê. Devido ao tipo de estudo realizado, esta pesquisa não precisou ser submetida ao Comitê de Ética para aprovação. No entanto, o uso dos dados foi autorizado mediante carta de anuência do Comitê. Resultados: Durante o período de 2007 a 2017, foram quantificados 51 projetos de pesquisa submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética, sendo que destes, nenhum projeto era da área de fisioterapia. Conclusão: Ao identificar a ausência de projetos de pesquisa envolvendo animais na área da fisioterapia, foi possível perceber indícios de lacunas na utilização de modelos animais nas situações que necessitam de validação para intervenções de fisioterapia ou outros comprovantes. A pesquisa experimental com animais pode se traduzir em contribuições inquestionáveis ao fisioterapeuta e oferecer subsídios conceituais para relacionar mecanismos fisiopatológicos, ação de medicamentos e a clínica do paciente.