A EXPERIÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO NO DIRETÓRIO ACADÊMICO NA FORMAÇÃO DO ESTUDANTE

Resumo

INTRODUÇÃO: O movimento estudantil no Brasil, tem sua trajetória enraizada em grandes momentos históricos do país. O ápice deste, deu-se frente ao posicionamento político perante o Estado durante a ditadura militar. Contudo, o movimento estudantil é um meio de expressões do protagonismo estudantil, além de ser uma das possibilidades de inserção e atuação política para os estudantes. Segundo a LEI Nº7.395, de 31 de Outubro de 1985, Art. 4º. fica assegurado aos estudantes de cada curso de nível superior o direito à organização do Diretório Acadêmico (DA), como sua entidade representativa. Assim, o DA é composto por todos os estudantes de um determinado curso, com intuito de representar interesses, reivindicações e promover lutas e disputas estudantis dentro da Instituição de Ensino e na Sociedade, e proporciona aos acadêmicos o protagonismo em sua formação. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O Diretório Acadêmico da Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano (DAFISIO-UNIFRA) foi reativado no segundo semestre de 2012, após 4 anos da última gestão. É a entidade representativa de 342 alunos, divididos em oito semestres, matriculados no curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano. A atual gestão é composta por nove alunos que desenvolvem diversas atividades buscando supra citar os interesses dos acadêmicos. A recepção dos calouros é planejada pelos membros, os quais elaboram juntamente com a coordenação do curso a aula inaugural do semestre, apresentando os projetos e oportunidades que a instituição oferece. Também é desenvolvido o trote solidário, em que os calouros participam de atividades na comunidade promovendo a saúde dos mesmos. O DAFISIO- UNIFRA promove atividades formativas, como palestras e workshops, a partir de eixos temáticos de interesse dos estudantes e que possam contribuir para a formação dos mesmos. Além disso, uma vez por semestre é realizada a avaliação do curso intermediada pelos membros do diretório, na qual os professores cedem um período de aula para que os alunos apontem fragilidades e potencialidades do curso, além de sugerirem propostas para que as fragilidades sejam sanadas. Contudo, nota-se ainda a dificuldade de aproximar o diretório dos alunos, pois é uma instituição privada em que o movimento estudantil ainda não está consolidado, e que os acadêmicos tem pouco interesse por questões politicas. Não obstante, o diretório tem dificuldade de promover eventos de integração dos alunos devido a burocracia necessária para tal. IMPACTOS: A vivência proporcionada pelo DA permite aos estudantes defrontar-se com a realidade, além de permitir vivenciar a liderança, e através de um processo critico-reflexivo, elaborar estratégias de lutas para transformar e protagonizar o processo de formação e a sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, a participação no DA potencializa a formação de acadêmicos realmente comprometidos com o coletivo, expressa o protagonismo estudantil, além de ser um meio para a inserção dos estudantes em organizações e a atuação política. Não obstante, propicia a experiência em gestão, pois o acadêmico necessita elaborar estratégias para consolidar e representar os interesses de quem representa, consolidando-se como um diferencial na sua formação .