UTILIZAÇÃO E CONHECIMENTO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF) POR FISIOTERAPEUTAS BRASILEIROS
Resumo
Introdução: A Funcionalidade é um importante marco teórico para a atuação do profissional fisioterapeuta. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF/ICF) fornece um sistema abrangente para documentação e abordagem de informações sobre Funcionalidade, Incapacidade e Deficiência. Diferentes desafios a incorporação da classificação vem sendo enfrentados desde sua publicação em 2001. A identificação do perfil da utilização e do conhecimento sobre a atuação profissional é o que justifica a construção do presente trabalho. Objetivo: Traçar o perfil de utilização e conhecimento da CIF/ICF por fisioterapeutas do Brasil. Metodologia: Estudo seccional com fisioterapeutas das cinco regiões do país. Os participantes foram convidados a participar por correio eletrônico. Foram incluídos na amostra fisioterapeutas atuantes nas áreas de Assistência/Cuidado, Educação e Gestão. Os contatos eletrônicos dos participantes foram coletados e separados pelas regiões geográficas norte (n=107), nordeste (n=255), sul (n=199), sudeste (n=204) e centro-oeste (n=185), totalizando 950 e-mails válidos. Os dados foram coletados mediante formulário semiestruturado com 19 itens. Foi realizado um estudo piloto com 23 fisioterapeutas, não pertencentes à amostra final, a fim de ajustar o instrumento de coleta de dados. Resultados: A amostra foi composta por 199 fisioterapeutas. A taxa de resposta foi de 20.95%. Cerca de 70% do sexo feminino com média de idade de 36 anos (8,36). Sobre o nível de conhecimento, 57,3% dos participantes declararam nível de razoável, muito ruim ou não possuíam conhecimento. 46,2% declararam utilizar a classificação. Observou-se que a Titulação e a Instituição de Formação tiveram associação com o nível de Conhecimento. Para a variável Utilização foram encontradas associações com a Especialidade, Titulação, Tempo de experiência e Instituição de Formação. Conclusão: Cerca de 95% dos fisioterapeutas da amostra apontam viabilidade no uso da classificação. Ao passo que somente 46.2 % utilizam a classificação e 42.7% declaram ter conhecimento entre bom, muito bom e excelente. Os resultados apontam que parece haver uma lacuna muito grande entre o reconhecimento da importância do modelo biopsicossocial na prática do fisioterapeuta e sua efetiva incorporação.Edição
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Trabalhos de Pesquisa - Eixo III Gestão
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