A UTILILIZAÇÃO DA ESCALA DE COELHO-SAVASSI PARA O DIAGNÓSTICO DE RISCO FAMILIAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Isadora dos Reis Martins ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Julyene de Souza Soares ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Johann Peter Amaral Santos ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Thais Kellen Ribeiro da Silva ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Henriqueta Tereza do Sacramento ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A visita domiciliar é uma importante ferramenta na Atenção Primária à Saúde (APS), pois permite, além da atenção domiciliar terapêutica, a busca ativa de demandas reprimidas, bem como a promoção e prevenção da saúde. A ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica é preenchida na primeira visita do Agente Comunitário de Saúde (ACS) à família e, por meio dela, torna-se possível o reconhecimento de informações sentinelas para avaliação do risco familiar, segundo a Escala de Coelho-Savassi. O instrumento de estratificação do risco reflete o potencial de adoecimento do núcleo familiar ao determinar o risco nos níveis social e de saúde. Descrição: Durante a prática do módulo Medicina e Comunidade III foram realizadas três visitas a uma família vinculada à uma Unidade Básica de Saúde do município de Vitória - ES. A primeira visita foi realizada pelos estudantes e pela ACS da microárea da família, com a supervisão da preceptora da disciplina. Por meio de uma entrevista, realizou-se a aproximação com os familiares e a coleta dos dados referentes à Ficha A. À época da visita, compunham o núcleo familiar o pai, único empregado na casa, a mãe, dois filhos e duas filhas, das quais a mais velha encontrava-se fora da escola. A partir da Ficha A, preencheu-se a Escala de Coelho-Savassi, na qual somaram-se apenas dois pontos, decorrentes do desemprego da mãe. De acordo com a escala, considera-se sob risco a família cujo escore for 5 ou 6 (R1), 7 ou 8 (R2) e maior ou igual a 9 (R3), sendo R1 o menor risco e R3 o maior. Dessa forma, o escore de 2 pontos indica que a família acompanhada está fora de risco. Impactos: Apesar de o instrumento utilizado não indicar risco familiar, o acompanhamento da família trouxe à tona diversas preocupações com elementos não compreendidos na classificação do risco. As percepções quanto ao local em que o núcleo se insere indicam que pouca ou nenhuma atenção é dada à higienização da casa e do quintal, onde vivem também os cães da família e são depositados entulhos, favorecendo a disseminação de doenças. Ademais, tem-se uma adolescente fora da escola e o relato de problemas com o filho mais velho que se relaciona com usuários e traficantes de drogas. É evidente, sobretudo, o difícil relacionamento com Unidade Básica de Saúde à qual são adscritos, tendo em vista o número de consultas não comparecidas e a dificuldade de acompanhamento dos problemas de saúde já existentes na família. Considerações: Uma vez que abarca somente fatores globalmente importantes para o bem-estar familiar, compreende-se que a escala não foi desenvolvida com a finalidade de classificar todos os riscos individuais e nem tampouco os diversos riscos apresentados por uma família. Dadas as limitações do instrumento, deve-se atentar à singularidade de cada núcleo familiar, de forma que os resultados positivos da classificação não mascarem as necessidades individuais da família investigada.