ATENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA DOENÇA DE PARKINSON: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Nadine Oliveira Cabral UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Larissa Laiane Pires Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Nikolas Rodrigues Mendes UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Irys Arielly Bernardo de Alcântara UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Emily Dias de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Tais Dantas Gomes UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Lais Maria Silva de Carvalho UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Geraldo Eduardo Guedes de Brito UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

Introdução: A Doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa e caracteriza-se pelo comprometimento gradual dos neurônios dopaminérgicos na substância negra, que resulta na diminuição na produção da dopamina. Apresenta quatro sinais de comprometimento motor: rigidez, tremor de repouso, bradicinesia e instabilidade postural, que impactam negativamente na independência funcional e na qualidade de vida dos acometidos. A Fisioterapia tem um papel relevante na manutenção da funcionalidade. O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência do projeto de extensão Atenção Fisioterapêutica na Doença de Parkinson"." Descrição: Trata-se de um relato de experiência, onde as atividades assistenciais em grupo de pessoas que vivem com Parkinson são desenvolvidas na Clínica Escola de Fisioterapia da UFPB, duas vezes por semana, com duração de aproximadamente uma hora e meia, contando com a participação de estudantes do primeiro, segundo, quinto e oitavo período do curso de Fisioterapia. A admissão dos participantes se dá por fluxo livre e contínuo, gerado pela demanda de pacientes que chegam ao serviço. Atualmente o projeto atende doze indivíduos nos diversos graus de acometimentos e alguns cuidadores (n=3) que também participam da prática assistencial. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação inicial utilizando os testes Timed Up &Go (TUG), Sentar e Levantar, escala ABC, avaliação postural e graduação de força. A cada doze sessões são realizados novamente os testes citados anteriormente. Os exercícios fisioterapêuticos ocorrem com práticas em solo e meio aquático, tendo ênfase em hidroterapia. Impactos: A primeira etapa das ações foi realizada em solo constando de doze sessões com exercícios de alongamento para controle de tônus, com o intuito de amenizar a rigidez muscular e consequentemente melhorar a mobilidade articular e flexibilidade. A fase inicial do projeto favoreceu a interação entre o grupo, preparando-os assim para as práticas na piscina. O diferencial do projeto ocorre pelo fato que não apenas os pacientes participam, mas a agregação dos cuidadores neste processo de cuidado. Os que preferem não participar, são acolhidos e ouvidos por um dos extensionistas. Após a etapa inicial o grupo seguiu para as atividades em hidroterapia, somando os objetivos das práticas em solo, com a inclusão de exercícios para equilíbrio, marcha, função respiratória e força, priorizando sempre a atividade coletiva. Até o momento as atividades aquáticas estão demonstrado maior aceitabilidade e melhor performance pelos pacientes. O ambiente aquático além de produzir uma maior integração do grupo, traz benefícios importantes para a execução dos movimentos, redução da sintomatologia e ganho interação social desses pacientes. Considerações: A interação social tem se mostrado um grande motivador para os pacientes, cuidadores e estudantes, que se apresentaram satisfeitos, participativos e ansiosos pelos encontros, sendo observado um companheirismo e empatia entre eles na realização das tarefas mais difíceis. Em relação ao desenvolvimento da prática clínica, os discentes vêm demonstrando uma maior segurança desde o acolhimento até na forma de conduzir um grupo para o tratamento na Doença de Parkinson.