AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE DE ADULTOS: UMA ABORDAGEM EXTENSIONISTA

Autores

  • Lorena Gomes da Silva PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS - PUC MG
  • Nayara Lima Costa PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS - PUC MG
  • Samuel Angelo Ferreira Araújo Guimarães PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS - PUC MG
  • Thairine Rodrigues Barbosa Lima PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS - PUC MG
  • Márcia Braz Rossetti PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS - PUC MG

Resumo

Introdução: A formação de um fisioterapeuta deve envolver estratégias para gerar um profissional generalista, reflexivo e crítico, atuante nos diferentes níveis de atenção. Por isso, a sensibilização precoce dos discentes envolve observação das demandas comunitárias, constituindo um trajeto realista, que sai da lógica acadêmica. Os projetos pedagógicos devem estimular ações que contribuam para uma sociedade mais saudável e mais justa. Descrição: Alunos do 3º período de fisioterapia, cursando a disciplina Fisiologia do Exercício no 1º semestre de 2018, fizeram jus aos pilares universitários: desenvolveram projetos endereçando aspectos teóricos, com viabilidade futura. Neste caso específico, foi focada a flexibilidade, um dos princípios da aptidão física, em prática investigativa para o público-alvo adultos. Com o envelhecimento ocorrem alterações fisiológicas e morfológicas que culminam com a diminuição progressiva da flexibilidade na região lombar e do quadril. Existem testes específicos para se mensurar a flexibilidade, como o teste de sentar e alcançar (TSA), proposto por Wells e Dillon, de fácil aplicação e baixo custo operacional.Este trabalho de pesquisa extensionista foi precedido por um projeto piloto, entre familiares, para avaliar a capacidade de extensibilidade da musculatura da cadeia posterior. Os resultados foram comparados com tabela de referência, e o tipo de alongamento que deveria ser realizado foi estipulado a partir do relato de dor do indivíduo durante a execução do teste.Participaram do teste três indivíduos com a idade entre 59 e 65 anos, sendo um do sexo masculino, sedentário, e dois do sexo feminino, ativos fisicamente. Os indivíduos realizaram alongamentos orientados, mais que usualmente fariam, por até 6 dias seguintes, de 2 a 3 vezes ao dia. Na ocasião do reteste, foi constatada uma melhora na flexibilidade unilateral e bilateral de todos os indivíduos, sendo esta mais significativa no individuo que realizou os alongamentos por mais dias. Foi observado que todos eles relataram alívio de dores pré-existentes. Impactos: Praticar este trabalho, especialmente a administração do teste TSA, utilizando como instrumento o banco de Wells, confeccionado pelos próprios alunos gerou muitos ganhos, inclusive a observação de respostas positivas no período de pós-alongamento. Vale ressaltar a importância dos relatos dos mesmos no momento da aplicação do teste, pois, através deles, foram reconhecidas as dificuldades encontradas no ato de administração dos testes. Considerações: O desenvolvimento de projetos para ações precoces e realistas pode facilitar e otimizar a formação do discente em fisioterapia, tendo em vista a futura elaboração de ações geradoras de mais aptidão física e um futuro melhor para a comunidade. A avaliação da flexibilidade muscular é fundamental, pois esta pode afetar diretamente a execução de atividades de vida diária. Ao reconhecer os resultados encontrados ocorre um direcionamento para intervenções terapêuticas. Destaca-se a importância da prática regular de alongamentos para melhora da funcionalidade humana e de sua qualidade de vida.