EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E COGNITIVOS PARA UM GRUPO DE IDOSOS ATIVOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

Introdução: O envelhecimento é caracterizado pelo declínio gradual das funções cognitivas devido a modificações ocorridas no Sistema Nervoso Central. A atividade física é uma estratégia para o tratamento fisioterapêutico com objetivo de prevenir e evitar o sedentarismo em idosos. Essa prática melhora a manutenção da autonomia, da capacidade funcional, diminuição dos riscos de quedas e, como resultado, melhoria da qualidade de vida. Alguns aspectos da função cognitiva são mais suscetíveis à senescência, incluindo a atenção, as memórias de curto e de longo prazo, além do executivo central. Um estilo de vida ativo diminui os efeitos deletérios do declínio cognitivo. As pessoas que se exercitam, podem prevenir ou atrasar o processo de demência. Descrição: O curso de fisioterapia na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia De Vitória (EMESCAM) vem trabalhando no estágio Saúde do Idoso, os exercícios terapêuticos com o objetivo de garantir, prevenir e promover saúde, visando a independência, autonomia e melhora da qualidade de vida da pessoa idosa. Com esse conhecimento, no ano de 2017, um grupo de alunos sugeriu a implementação da atividade cognitiva, após a atividade física, com o grupo atendido no estágio saúde do idoso. Esse grupo, formado por idosos ativos, a partir de 60 anos, de ambos os sexos, realizam 40 minutos de atividade, 3 vezes por semana com exercícios: resistidos, coordenação, propriocepção, equilíbrio e dança entre outros. Após as atividades físicas, uma dupla de alunos, a cada dia, apresenta atividades que promovem o exercício das atividades cognitivas, com instrumentos construídos, criativamente, por eles, com o objetivo de trabalhar orientação no tempo e espaço, atenção e cálculo. Impactos: Através do Programa de Atividades Físicas e Cognitivas para idosos no estágio de fisioterapia de saúde do idoso, os participantes demonstraram satisfação ao participar das atividades propostas, que, além dos benefícios relativos à saúde em âmbito físico e psicológico, permitiu o fortalecimento das relações interpessoais entre eles. A estimulação cognitiva com uma intervenção estruturada atenua dificuldades cognitivas e previne a ocorrência de decréscimo das habilidades de raciocínio. Pudemos observar o bem estar social, destacando-se um aumento da autoestima e da busca por novos desafios ao participar dessas atividades. Os alunos usaram de toda sua criatividade na construção de materiais e vivenciaram a experiência de estimular e demonstrar aos idosos desse grupo o quanto eles precisam se manter ativos, estimulando a sua função cognitiva, melhorando a saúde física e desenvolvendo o corpo. Sendo oportunizada a integração social, acreditamos ter evitado situações como depressão, baixa autoestima, inatividades físicas, efeitos deletérios na saúde física e cognitiva. Considerações: a atividade física somada a tarefas cognitivas foi benéfica e perceptível na modificação dos hábitos de vida. Os idosos relataram que perceberam melhora para realização de suas tarefas na vida diária proporcionando assim, mais disposição, autoestima recuperada, melhora do bem estar psicossocial.