INFLUÊNCIA DA DANÇA NA AUTOIMAGEM E AUTOESTIMA DE CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: RELATO DE UM CASO

Autores

  • Eduardo Duarte Machado ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Marcella Dias Mazolini Mendes ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Mayane Fiorot Simoni ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Mariângela Braga Pereira Nielsen ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A dança sobre rodas é uma expressão da arte, cujas características não podem ser apontadas com facilidade, pois além de comportar uma variedade de estilos, como manifestação artística e atividade esportiva, esta pode estar diretamente associada a reabilitação e a terapia. Entre os benefícios da dança encontra-se o melhor desenvolvimento da consciência corporal, favorecendo a construção da autoimagem e melhora da autoestima. A dança sobre rodas é responsável por criar um diálogo entre as pessoas, através dela a pessoa tem a oportunidade de entrar em contato consigo mesma, reconhecendo seus potenciais e desafios, e assim possibilitando uma melhor comunicação. Esta modalidade terapêutica é uma nova forma de compreender o movimento concebendo ao sujeito com deficiência a oportunidade de deixar de ser uma pessoa com dificuldades motoras, para ser uma pessoa que expressa com gestos criativos, uma nova visão de realidade interior e exterior. O trabalho de dança sobre rodas consiste de uma sequencia de exercícios lúdicos, permitindo que a criança tenha a oportunidade de entrar em contato consigo mesma possibilitando um maior aprendizado e estímulo ao movimento. O objetivo deste trabalho e? relatar o caso de uma criança com deficiência física participante de um grupo de dança sobre rodas em uma clínica escola de fisioterapia. Descrição: A.V.F.C., 6 anos, gênero feminino, paraplégica devido a mielomeningocele, chegou ao projeto de Extensão Rodopios e Piruetas da Clínica Escola de Fisioterapia da EMESCAM , bastante introspectiva, dependente de terceiros para se locomover com a cadeira de rodas, dificuldade para entender aos comandos verbais, sempre com o olhar dirigido para o chão, sem conseguir expressar suas opiniões e vontades, utilizando o choro como forma de demonstrar seus desejos ou necessidades. Com o decorrer do projeto a criança passou a tocar sua cadeira de rodas sem precisar da ajuda de terceiros e aos poucos foi ganhando cada vez mais agilidade, durante os ensaios para a apresentação de final de ano foi possível perceber que a criança passou a expressar ativamente sua opinião ao corrigir os alunos responsáveis por ela quando eles erravam a coreografia. Foi durante a apresentação principal no teatro que a criança demonstrou saber não só a sua coreografia como a dos demais colegas, a criança foi capaz de entrar no palco de cabeça erguida e com o sorriso no rosto, passando a ver o mundo de outra forma, com uma maior autoconfiança e uma melhor autoestima. Impactos: O profissional da saúde busca sempre mensurar e quantificar seu trabalho, para que exista um embasamento cientifico em suas técnicas e tratamentos, no entanto o presente caso nos mostra que nem sempre é possível medir a evolução de nosso paciente, o tratamento lúdico como a dança sobre rodas vai além das evoluções motoras proporcionando melhoras complexas na vida de nossos pacientes. Considerações: Através da presente pesquisa foi possível observar a importância e capacidade transformadora de uma terapêutica em transformar o universo do paciente e não só apenas reabilitar as disfunções motoras.