INSERÇÃO PRECOCE DE ESTUDANTES NO ATENDIMENTO DE PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Geraldo Eduardo Guedes de Brito UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Antonio Jose Costa de Sousa UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Naama Katarine Formiga Leite UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Jamyson Junior da Costa de Franca UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Johnn Kevinny do Nascimento Apolinario UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Lucas Pereira Bezerra Antunes UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Nadine Oliveira Cabral UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Resumo

Introdução: O ensino, a pesquisa e a extensão são espaços para construção de conhecimento, e formação profissional. A extensão, por exemplo, permite a articulação entre a teoria e a prática proporcionando aos discentes um olhar integral. O Projeto de Extensão de Assistência Fisioterapêutica na Doença de Parkinson possibilita essa experiência na extensão precocemente, com a inserção de estudantes de períodos iniciais do curso de Fisioterapia da UFPB. Descrição: Os atendimentos são feitos duas vezes por semana (terça e quinta-feira), em grupo, e em solo ou na piscina terapêutica. Cada usuário é assistido por um estudante, que deve ajudá-lo a realizar os exercícios demonstrados. Os discentes ingressam no projeto através de um processo seletivo realizado por estudantes já veteranos na atividade. São feitas entrevistas individuais e/ou em grupo com estudantes do primeiro período do curso, que são avaliados através dos seguintes quesitos: potencial de aprendizado, vontade de ajudar o próximo, conhecimentos básicos sobre a doença, capacidade de trabalhar em grupo e potencial para achar soluções para possíveis problemas. Após as entrevistas, os veteranos, junto ao professor-orientador, discutem as respostas e entram em consenso quanto a quem é capacitado para adentrar no projeto de extensão. Durante as práticas assistenciais, os estudantes dos períodos iniciais são responsáveis pelo acolhimento dos pacientes e pela escuta qualificada dos cuidadores. Impactos: A inserção precoce dos estudantes foi favorável , pois proporciona um contato inicial com pacientes em um momento de adaptação ao curso, fazendo com que eles, inclusive, se apaixonassem mais pela fisioterapia e tivessem mais certeza de que gostariam de continuar na área. Além disso, o contato com os veteranos estimula a vontade de aprender mais sobre a terapêutica empregada, assim como adquirir conhecimentos mais profundos sobre a patologia. Para os pacientes e cuidadores, o contato com os primeiranista é muito produtivo, pois eles tendem a ser bons ouvintes. Considerações: A inserção precoce em projetos de extensão contribui entre outros fatores com a formação mais humanizada do profissional, para a integração entre alunos e usuários, para a redução da evasão estudantil e estimula o aprendizado da prática fisioterapêutica. Em síntese, essa proposta tem contribuído para uma percepção mais humanística, além de promover integração, interação e troca de saberes entre os novos extensionistas, veteranos e pacientes.